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O mito volta? Por que Dedé gera saudade no Vasco sete anos depois

Zagueiro despontou para o futebol nacional e para a Seleção Brasileira atuando pelo Cruz-Maltino. Foi campeão, gerou retorno financeiro e ajudou em pagamentos a funcionários

Dedé - Vasco
imagem cameraDedé foi contratado em 2009, se afirmou em 2010 e ganhou o país a partir de 2011 (Reprodução)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 06/01/2020
19:00
Atualizado em 07/01/2020
05:05

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No dia 15 de abril de 2013, um dos maiores ídolos do Vasco até o momento deixava o clube. O zagueiro Dedé, titular no título da Copa do Brasil de 2011, que ganhou destaque nacional, mas não queria deixar o lugar onde era feliz. Mas ele foi embora para o Cruzeiro e, nesta terça-feira, pode gerar notícia positiva em relação ao retorno a São Januário.

O apelido de "Mito da Colina" se justificou pelo nível das atuações. Pelo Cruz-Maltino, o zagueiro foi eleito o melhor da posição pelo Prêmio Craque do Campeonato Brasileiro de 2010. Na Bola de Prata, 2011 lhe rendeu premiação vestindo a cruz de malta. Mas a relação jogador-clube-torcida foi além.

Contratado pelo Vasco após Campeonato Carioca atuando pelo Volta Redonda, o ainda jovem Dedé pouco atuou em 2009, na primeira cruz-maltina na Série B do Campeonato Brasileiro. Em 2010, continuava pouco conhecido quando dividiu a bola com Carlos Alberto, estrela do time, quebrou um dedo do pé direito do meia e gerou desfalque na Taça Guanabara. A torcida tomou raiva do defensor que ainda buscava afirmação.

Dedé ficou e, aos poucos, foi mandando embora a desconfiança que vinha da arquibancada. Um dos responsáveis pela evolução é improvável. O também zagueiro Fernando, que ficou na Colina Histórica entre 2008 e 2011. Volta e meia o pupilo, que antes colecionava atuações estabanadas, agradece:

- O Fernando me dizia: "Dedé, até para dar chutão tem que ter calma" - é a frase repetida.

A calma foi obtida e a idolatria também. A Copa do Brasil de 2011 foi para São Januário, o título do Brasileirão de 2011 ficou muito próximo, mas 2012 marcou o início do crescimento da crise financeira do clube. Outros jogadores importantes, como Diego Souza, Fagner e Fernando Prass começavam a sair. Mas o caso de Dedé foi mais dramático.

Dirigente vascaíno à época, René Simões revelou, durante participação recente no programa "Donos da bola", da TV Bandeirantes, que o jogador pediu para não ser negociado com o Cruzeiro. Mas foi persuadido a mudar de ares uma vez que o valor da venda ajudaria a quitar dívidas do clube com funcionários. Nos corredores de São Januário, o zagueiro era chamado de forma carinhosa e esperançosa de "meu salário", mesmo antes da saída para Minas Gerais.

Convocações para a Seleção Brasileira, 12 gols marcados na temporada 2011 e valor de mercado multiplicado. O carinho foi mútuo e segue até hoje. Vendido aos 24 anos, Dedé gerou retorno financeiro para o Vasco e, na Raposa, foi bicampeão do Brasileiro e outras duas vezes da Copa do Brasil. Com o rebaixamento da Raposa, a esperança do torcedor vascaíno de ter o retorno de seu "Mito" aumentou.

O zagueiro, hoje com 31, e os representantes terão conversa importante com os atuais responsáveis pelo futebol do Cruzeiro nesta terça-feira. Ao mesmo tempo em que precisa de dinheiro em caixa, o clube mineiro também têm a redução da folha salarial como necessidade.

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