Mudanças de Luxemburgo não surtem efeito e desorganização coletiva marca derrota do Vasco
Treinador surpreendeu na escalação com modificações táticas e a ausência do artilheiro Germán Cano, que só entrou na etapa final depois de uma gastroenterite na semana
O técnico Vanderlei Luxemburgo surpreendeu na escalação do Vasco com modificações táticas e a ausência do artilheiro Germán Cano, que só entrou na etapa final depois de uma gastroenterite durante a semana. Porém, o time não correspondeu e a desorganização coletiva marcou a derrota diante do Fortaleza, no Castelão.
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Com mais um tropeço em um confronto direto, o Gigante da Colina segue na zona de rebaixamento com 37 pontos, o mesmo número do Bahia, mas com uma vitória a menos. Dessa forma, o time necessita vencer o líder Internacional, no domingo, às 16h (de Brasília), para se afastar do iminente perigo de queda. Vale lembrar que restam apenas três rodadas para o fim da competição.
Sem poder de reação e perdido em campo
O início da partida parecia promissor para o Cruz-Maltino. Logo no primeiro minuto, Carlinhos acertou a trave de Felipe Alves e por pouco não abriu o placar. Mas a expectativa de uma boa atuação se encerrou quando o Fortaleza marcou com Igor Torres. No lance, Marcelo Alves e Yago Pikachu tiveram a chance de fazer a falta, mas deram espaço para David construir a jogada.
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A partir disso, a equipe não se encontrou mais e ficou presa na consistente marcação do Tricolor cearense. Sem válvula de escape e jogadores de velocidade para explorar os lados de campo, a transição ofensiva parava na linha de cinco atletas organizada pelo técnico Enderson Moreira. Além disso, faltou poder de reação, a equipe sentiu o primeiro gol do adversário e não teve força psicológica para reagir.
- Não conseguimos virar o jogo. O segredo nosso é evitar tomar gol. Começamos bem, bola na trave, estamos bem, eles foram em um lance saiu da esquerda e foi quase no gol. Saímos atrás aí vem desequilíbrio emocional, coisas complicadas de estar na zona da confusão, afeta o equilíbrio todo, rendimento técnico e tático vai todo para o espaço - analisou Luxemburgo.
Sem a presença de um centroavante de referência, Martín Benítez atuou durante todo primeiro tempo de costas para o gol e encontrou muita dificuldade para criar. O argentino necessita vir de trás, ter a visão do setor ofensivo como um todo para decidir com um passe mais apurado ou um lance individual.
Desorganizado no meio e espaçado na defesa
Além da escalação e do esquema proposto não ter funcionado, Luxemburgo demorou para fazer alterações mesmo diante da fraca atuação da equipe. O meio-campo se mostrava desorganizado e concedendo muito espaço para o setor ofensivo adversário. No segundo gol, após erro na saída de bola, a defesa praticamente se desmontou e com muita liberdade o Fortaleza ampliou com David.
Na volta do intervalo, duas mexidas: as entradas de Cano e Talles Magno, e as saídas dos jovens Caio Lopes e Ygor Catatau, que não tiveram boas atuações. O time até tentou ser mais agudo, e buscar o empate que o faria dormir fora da zona da confusão, porém foi mais na base da vontade do que de uma organização tática.
O Leão do Pici recuou suas linhas, e esperou o Vasco vir atrás do empate. E foi assim que o Tricolor aproveitou mais um erro da defesa Cruz-Maltina e sacramentou a vitória. Fernando Miguel tentou uma saída de bola e Marcelo Alves não conseguiu dominar na entrada da área. Osvaldo se aproveitou do erro do defensor, construiu a jogada pela esquerda, e cruzou na medida para Romarinho ampliar.
Na etapa final, Luxa colocou Gabriel Pec, Cayo Tenório e Andrey em campo. Em mais uma chance no time profissional, o camisa 17 participou da melhor chance do Gigante da Colina no jogo. Após jogada pela esquerda, ele chutou em cima do arqueiro tricolor, e a bola sobrou para Cano estufar a rede. Contudo, o árbitro consultou o Var e anulou o gol, já que Henrique colocou a mão no rosto do adversário no início da jogada.