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Nelson Sargento e Paulinho da Viola recebem kit especial do Vasco em homenagem a ‘Resposta Histórica’

Sambistas compõem as 24 personalidades agraciadas com a réplica da camisa de 1923 e um quadro, que homenageiam um dos momentos mais marcantes da história do Vasco

Paulinho da Viola e Nelson Sargento
imagem cameraNelson Sargento e Paulinho da Viola recebem o kit em homenagem a Resposta Histórica (Divulgação/Vasco)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 10/04/2021
18:25
Atualizado em 10/04/2021
19:20

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Na semana em que o Vasco homenageia os 97 anos da Resposta Histórica, 24 grandes celebridades negras receberam um kit com uma camisa e um quadro referentes à luta contra o racismo e a lembrança de um dos momentos mais marcantes da história do clube. Entre elas, os sambistas Nelson Sargento e Paulinho da Viola receberam a réplica do uniforme de 1923 e um quadro com a réplica do ofício da 'Resposta Histórica'. 

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– Não sei como agradecer tanta amizade, tanto carinho. Estou completamente emocionado. Fico muito contente de receber tal honra, muito obrigado - disse o sambista Nelson Sargento ao site oficial do clube carioca. 

A camisa "All Black Vasco da Gama" licenciada representa a mensagem de respeito e igualdade. Como forma de ressaltar e prestar homenagens a uma data tão importante, todas as lojas da equipe da Cruz de Malta irão disponibilizar o produto ainda esta semana. A camisa tem o símbolo do punho erguido no peito.

> Confira mais notícias sobre o Vasco da Gama

Além disso, eles receberam um  quadro, que traz uma réplica da Resposta Histórica e a imagem da fachada de São Januário em alto relevo. O objeto faz com que o torcedor vascaíno tenha em sua casa um dos maiores orgulhos da história do Gigante da Colina. Camisa e quadro serão comercializados nas lojas do clube. 

- O Gigante da Colina também preparou uma ação especial, o Kit Resposta Histórica. Um presente preparado para 24 personalidades negras, vascaínos ou não, atravessando as fronteiras de São Januário para difundir a importância daquele ato, em 1924, com torcedores de outros clubes. Antes da abertura da caixa, o presenteado recebe uma releitura do ofício da AMEA, onde ele pode se colocar no lugar dos jogadores que receberam a notificação de que o time em que eles faziam parte não poderia jogar o campeonato. O texto é adaptado para a profissão de quem recebe a carta. Depois do triste ofício, fica o convite para abrir a caixa. Dentro dela, uma réplica da Resposta Histórica, um texto falando sobre a importância dessa luta e o papel do Vasco nela e uma réplica da camisa que os jogadores utilizaram em 1923 - texto presente no site oficial do Vasco da Gama. 

As homenagens reforçam o DNA do clube pelas causas sociais e a necessidade de discussão sobre a luta contra o racismo no mundo. Desde a manhã de quarta, está exposto em São Januário o mosaico “CRVG 1924” e a faixa “Lutei Por Negros e Operários”. Um trecho da canção Camisas Negras, criada e cantada pela torcida cruz-maltina nos momentos que antecedem a entrada do time em campo.

Uma das iniciativas é a divulgação da camisa "All Black Vasco da Gama" licenciada, que representa a mensagem de respeito e igualdade. Como forma de ressaltar e prestar homenagens a uma data tão importante, todas as lojas da equipe da Cruz de Malta irão disponibilizar o produto ainda esta semana. A camisa tem o símbolo do punho erguido no peito.

Vasco da Gama
Detalhes da camisa All Black - do Vasco da Gama (Divulgação/Vasco)

Vale destacar que em 1923, o Vasco, recém-promovido à elite do futebol carioca se sagrou campeão estadual. O time era composto por brancos e negros sem distinção de posição social, sendo um marco tanto na história do clube, quanto no futebol e na sociedade brasileira.

No entanto, na temporada seguinte, a Associação de futebol (AMEA), fundada por Botafogo, Flamengo, Fluminense, América e Bangu, determinou algumas condições para a inclusão do Vasco no grupo. Uma delas era a exclusão de 12 jogadores alegando a necessidade de um maior controle sobre "a moral no esporte".

O analfabetismo era um dos critérios definidos para a exclusão, e os 12 atletas eram negros, operários e desprovidos de condições financeiras. Com isso, o Vasco, por meio de um ofício elaborado pelo então presidente José Augusto Prestes, informou que não participaria da associação por não concordar com as determinações.

Na época, o clube disputou uma liga alternativa e desde então, defendeu as causas sociais e a luta contra o racismo, sendo um dos marcos de sua história. A data e o ofício sempre são lembrados como troféus e orgulham o torcedor vascaíno.

Vasco da Gama
São Januário com o mosaico “CRVG 1924” e a faixa “Lutei Por Negros e Operários”(Divulgação/Vasco)

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