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Pedrinho explica por que bloqueou torcedores do Vasco em redes sociais

Presidente relatou ameaças que recebeu

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Pedrinho, presidente do Vasco (Foto: Thiago Ribeiro/AGIF)

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Pedrinho bloqueou torcedores do Vasco e restringiu comentários nas redes sociais. A ação se deu por conta das manifestações dos vascaínos nos perfis pessoais do presidente. Em entrevista coletiva, realizada na tarde dessa quinta-feira (14), o ex-jogador apontou que não é obrigado a lidar com ataques na internet:

- Me dói porque sou torcedor como todos os vascaínos. Isso me machuca, sei exatamente o que o torcedor está sentindo. Por isso que não vou pedir paciência à torcida, porque eu não tenho. Não precisa ter paciência e eu entendo perfeitamente. O que tiver que ser feito para reestruturar, vai ser feito. Com relação às críticas, eu passo o dia trabalhando, e muito, para fazer o que eu tenho que fazer. Na hora de deitar, pego o telefone para olhar coisas esportivas, ver o mercado, outros times, fazer uma avaliação. E olho as minhas redes sociais de forma natural. Não vou normalizar. A sociedade criou uma regra de que as pessoas públicas podem e devem escutar ou ler quaisquer coisas e serem obrigadas a ficar quietas.

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- Tenho certeza que vocês (jornalistas presentes) já sofreram isso. Se você sofreu uma ameaça, um xingamento agressivo... Me desculpa, você tem direito de fazer o que você quiser. Se você não fez, você que está errado, não são as pessoas que estão certas. Se todos os presidentes passam por isso, errado é quem ofende.

O mandatário vascaíno citou ainda algumas mensagens que recebeu:

- Depois que as pessoas têm restrições nas minhas redes, elas vão lá e falam: "Não fiz nada, só pedi para o Pedrinho vender a SAF". Eu recebi: "Será que o velho do teu pai lá no inferno tá com orgulho de você?". Foi uma das que eu recebi. "Filho da p***, safado, ladrão". A pessoa entrega o que ela tem para entregar: violência. Eu entrego silêncio. Não sou obrigado, não vou entrar nesse padrão de a gente normalizar isso. Desculpa, está errado. Se vocês sofrem a mesma coisa, estão errados por aceitar.

Alguns jornalistas e páginas que cobrem os dias do Vasco não se safaram dos cortes de Pedrinho. O presidente chegou a expor uma ameaça que recebeu em um grupo de WhatsApp.

- Recebi de um cidadão, de nome Júlio Martins: "A torcida tem que ir na porta do CT na quinta-feira e meter uma faca no pescoço do 'Podrinho'". Eu vou normalizar isso? Não vou. Peço desculpas a todos que foram bloqueados que não foram dessa forma, mas que de repente foram no embalo. Com relação às páginas, nenhuma delas foi bloqueada por críticas. São por outros critérios, que eu não vou entrar no mérito. Mesmo assim, humildemente, venho pedir desculpa a todas as páginas. Se tiverem o desejo de ter novamente acesso às minhas redes sociais, que falem com o Vinícius, com a Patrícia (assessores), que a gente faz a liberação normalmente. Eu não vou normalizar nenhum tipo de violência. Após o jogo do Atlético-MG, um membro da minha família recebeu milhares de ligações. Como ela não atendeu, começaram a escrever, ela ficou muito assustada. Quando você denuncia no WhatsApp, a conversa some. Mexeram com a minha família, com a honra do meu pai, com a minha honestidade. E isso eu não vou normalizar, e nem vocês deveriam se acontecer com vocês.

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Coletiva Pedrinho - Vasco
Pedrinho, do Vasco, em entrevista coletiva(Foto: Matheus Guimarães/Lance!)

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