Rafael Paiva justifica queda de desempenho do Vasco: ‘A gente está desgastado’
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O Vasco sofreu para vencer e, consequentemente, eliminar o Atlético-GO na Copa do Brasil. A equipe teve uma queda brusca de desempenho, assim como o rendimento nos últimos jogos e o técnico Rafael Paiva justificou alegando "desgaste".
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A gente está desgastado, a gente tem tentado mesclar alguns jogadores. No jogo passado, do Red Bull Bragantino, essa foi a ideia para a gente tentar ter alguns jogadores mais inteiros, mas mesmo assim a gente carrega uma sequência de jogos pesada. Já temos um jogo contra o Fluminense no final de semana. Fizemos as trocas quando acho que a gente já estava sofrendo um pouco. A ideia era tentar dar um pouco de gás, de tentar controlar a bola. A gente não conseguiu ficar com a bola. As trocas não surtiram efeito. Acho que o Atlético pressionou muito a gente e foi um jogo que eles conseguiram chegar muito perto do nosso gol e a hora que a gente tinha oportunidade de jogar ou de contra-atacar, a gente não teve a qualidade necessária ali pra fazer o gol
afirmou Rafael Paiva
Rafael Paiva também explicou as substituições feitas durante a partida. Segundo o técnico do Vasco, as alterações foram para ampliar o leque de opções no elenco.
- A gente precisa potencializar mais jogadores no grupo. É impossível você ter 11 jogadores e (só) três, quatro trocas. É muito pouco. Então a gente tem que colocar no jogo alguns jogadores, a gente precisa ver. E precisa desenvolver, precisa dar minutagem porque a gente vai precisar deles para os próximos jogos. A gente está tentando oxigenar o grupo e manter mais jogadores no nível satisfatório.
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OSCILAÇÃO
- A gente está tentando buscar a melhor maneira de a gente controlar o jogo. Acho que a gente tem oscilado. A gente foi bem no 4-2-3-1, depois a gente sofreu alguns jogos. A gente tentou controlar colocando mais jogadores dentro. A gente conseguiu, principalmente contra o Red Bull, mas a gente não conseguiu manter até o final. É a busca incessante pra gente tentar encontrar a melhor forma de jogar o jogo. A gente gostaria de iniciar do minuto 1 ao 90 jogando muito bem. A gente ainda não conseguiu encontrar isso, principalmente nos últimos jogos
- A gente está tentando, através de jogadores, de organização, de estrutura, tentar buscar esse jogo e a gente vai em busca de jogar bem do início ao fim. É o que mais a gente almeja e a gente sabe que, jogando bem, a gente vai estar cada vez mais próximo das vitórias. A gente está oportunizando vários jogadores porque a gente sabe que nesse segundo turno do brasileiro, agora temos as quartas de final da Copa do Brasil, vai exigir que a gente tenha mais jogadores preparados para esse nível de jogo.
- A gente cobra muito dos jogadores, de tentar jogar o tempo todo. A gente não conseguiu no segundo tempo, né. A gente até tentou buscar algumas trocas pra ter mais gás, ter mais o controle do jogo. Passa muito pelo também pelo mérito do adversário, porque pressionou mais, correu mais risco, ficou mais alto (a linha de defesa). Eles deixaram a gente jogar um pouco mais no início do jogo e a gente conseguiu construir bem, mas passou também pela nossa, talvez, falta de confiança de jogar, de jogar no limite do erro. Acho que chega um momento que a gente não quer errar e acaba alongando demais uma bola e a gente não ganha a segunda bola e acaba virando uma avalanche de você não conseguir jogar. Então a gente está tentando trabalhar muito em cima disso, muito mais pelo vídeo do que em campo, porque a gente não consegue trabalhar em campo, mas a gente tem total consciência disso e a gente vai buscar evoluir nesse sentido aí.
PRIMEIRO TEMPO
- Acho que a gente conseguiu jogar com mais inteligência no primeiro tempo. No segundo, a gente jogou mais pela transpiração do que realmente pela organização. Acho que os momentos que a gente poderia transitar, a gente não teve a frieza necessária pra matar o jogo porque o Atlético deu o contra-ataque pra gente e a gente não conseguiu encaixar. Apesar do Atlético-GO não vir conquistando resultados, tanto como o Mancini (ex-técnico) e agora com o Umberto, é uma equipe potente, com bons jogadores e tenho certeza que eles vão evoluir aí.
PRESSÃO SOBRE LÉO
- Eu acho que a nossa defesa é sempre muito contestada. Independentemente de quem entra ali, mas principalmente o Maicon e o Léo, eles têm peso maior em cima deles. O Léo é extremamente profissional, é um jogador de um profissionalismo exemplar. Realmente, ele falhou no lance do gol (contra o Bragantino). Para o zagueiro, para o goleiro, uma falha fica muito mais marcada. A gente tem errado também no ataque, no meio, nas laterais, só que às vezes passa muito mais despercebido que o erro de um zagueiro e de um goleiro. Mas o Léo é um jogador muito experiente, eu acho que ele está muito acostumado com essa situação, principalmente aqui dentro do Vasco. A gente confia nele, é um zagueiro rápido, que gosta do combate físico. Tem capacidade de conduzir a bola em velocidade e ele sabe que joga no limite do erro. Estar no Vasco é jogar no limite do erro. Nós temos uma torcida que nos cobra bastante e a gente tenta levar pelo lado de de manter a gente sempre com o nível de atenção altíssimo. Não tem como você se acomodar aqui dentro porque você ganha. A gente precisa jogar num bom nível do primeiro ao último minuto para gente ter um pouquinho de carinho.
LUCAS PITON
- Piton é um jogador fundamental para a gente. Tem qualidade, defende bem. Só que ele está sentindo uma maratona de jogos. Hoje ele sentiu um desconforto, um cansaço e não quis correr o risco. Por isso que a gente fez a troca e a gente precisa avaliar melhor amanhã. Eu acredito que não seja nada grave, mas a gente precisa avaliar. Faz parte dessa rotina pesada de jogos, desse nível. Tem a sequência que a gente pegou fora de casa, as viagens, por isso que a gente tem que potencializar mais jogadores. Se em algum momento a gente não puder contar com ele, a gente já tem que ter um outro jogador preparado, pronto pra jogar, com uma minutagem mais alta e a gente confia muito no nosso elenco. A gente sabe que jogadores do nível do Piton é muito difícil de você ter vários, na mesma posição, mas a gente vai trabalhar pra evoluir mais jogadores.
IDEIA COM TRÊS VOLANTES (HUGO MOURA, MATEUS CARVALHO E SFORZA)
- Para mim, a quantidade de volantes ou atacantes não condiciona a tua equipe a defender ou atacar. Acho que é muito em cima de como a estrutura é organizada e como funciona para você chegar na área com mais jogadores. Acho que depende da quantidade de atacantes que você coloca, às vezes você pode entrar num 4-2-4 com quatro atacantes e não chutar uma bola no jogo. Depende muito de como você controla o jogo. Com os três volantes a gente está tentando controlar o jogo com apoio de bola e para chegar com mais jogadores. Mas, como eu já disse, a gente está tentando buscar a forma ideal de jogar. O jogador tem que cumprir função, eu não sou preso a posição que ele é, mas a função que ele exerce. A hora que ele tem que defender, ele saber defender, a hora que tem que atacar, ele saber atacar, pisar na área, fazer ultrapassagem. Futebol é muito mais em cima de função do que de posição. Ter os três volantes não quer dizer que a gente vai defender ou ou estar numa postura defensiva, pelo contrário, a gente quer sempre atacar, sempre buscar o gol.
- A gente tem oscilado, mas a gente competiu competiu. Não levamos gol, a gente se defendeu bem, o Léo Jardim fez defesa difícil é para isso mesmo que ele está lá. Faz parte do contexto de um jogo de mata-mata. É muito difícil você ganhar um jogo de 3 ou 4 a 0, de 2 a 0, sem deixar o adversário chegar no teu gol porque há muito equilíbrio o Brasil. A gente em alguns momentos sofre mais do que gostaria, mas eu acho que faz parte do jogo, ainda mais um jogo de mata-mata.
QUARTAS DE FINAL APÓS NOVE ANOS
- A gente tem que levar daqui dessa noite de hoje é uma classificação que faz nove anos que a gente não estava nessa fase. Estamos entre os oito da Copa do Brasil, estamos longe do Z-4 no Brasileiro, não tão longe assim como a gente gostaria, mas a gente está evoluindo no Campeonato Brasileiro. Acho que é por esse contexto que a gente tem que tentar olhar e a gente tá olhando dentro do grupo.
SFORZA COMO TITULAR
- Ele fez um bom jogo. É um jogador que dita muito bem o ritmo do jogo. Não é um volante tanto de força física, de primeira bola, mas é um cara que controla muito bem o jogo. Ele consegue movimentar muito bem numa linha de três, andar pra frente, não tem tanta chegada na frente. A gente tem cobrado muito pra ele tentar andar um pouco mais, conduzir um pouco mais a bola, mas também é mais um jovem jogador. Mas eles têm ido muito bem nessa função. O Matheus e o Hugo Moura estavam mais adaptados a jogar com dois volantes, a gente colocou eles mais do lado, em alguns momentos eles ainda sofrem para receber a bola de costas, no que chamamos de entre linhas, mas são jogadores que têm qualidade, têm potencial pra desenvolver mais e para pisar um pouco mais na área. É uma construção, é um processo, a gente tá tentando buscar a melhor liga para eles no meio de campo.
PAULLINHO
- Ele faz muita falta. É um jogador que tem um potencial enorme, controla muito bem esse jogo que a gente está tentando buscar. Ainda não podemos contar com ele a curto prazo, ele ainda vai levar alguns meses para voltar, mas eu acho que dentro do grupo a gente tem jogadores que podem fazer isso e tenho certeza que nos próximos jogos a gente vai buscar essa evolução.
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