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Relembre outros movimentos que cercam a polêmica eleição do Vasco

LANCE! relembra casos políticos e jurídicos que envolvem pleito cruz-maltino desde 2017. Atual movimento é de pedido de anulação da eleição que deu vitória a Alexandre Campello

Eleição - Vasco
Foto: Paulo Fernandes/Vasco.com.br

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Desde 2017, a eleição do Vasco causa disputa dentro e fora de São Januário. Processos na Justiça chegaram até o Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, alianças foram desfeitas, acordos foram elaborados, tentativas de impeachment... Na última segunda-feira, novo passo, considerado por conselheiros nos bastidores como o mais forte até agora, foi dado: o pedido de anulação do pleito que culminou com a vitória de Alexandre Campello na 52ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (clique aqui e confira a reportagem). Com isto, o LANCE! relembra abaixo toda a movimentação que mexe com os ânimos de todos os vascaínos ao redor do mundo.

URNA 7
Até então, a polêmica urna 7 da eleição do Vasco era considerada como o movimento mais forte internamente. Membros ligados a Julio Brant, ainda com Alexandre Campello como aliado (lembre caso mais abaixo), conseguiram na 52ª Vara Cível do TJRJ que sócios suspeitos de terem participado de fraude votassem em uma urna em separada. Depois do pleito, com estes votos validados, a vitória seria da chapa de Eurico Miranda, que colocaria 120 conselheiros eleitos no Conselho Deliberativo, com a chapa Brant/Campello, em segundo lugar, colocando 30. Mas após perícia, a urna acabou sendo invalidada e o resultado se inverteu, com a chapa de Brant/Campello colocando 120 e a de Eurico, 30. Ex-presidente, Eurico Miranda chegou nesta ação a recorrer até o Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, mas não obteve êxito em nenhum dos pedidos.

ACORDOS
Na véspera da eleição na Lagoa, a segunda parte do pleito do Vasco, Alexandre Campello, em acordo com Eurico Miranda e Roberto Monteiro, rompeu com Julio Brant e lançou uma candidatura separada, o que acabou fazendo com que conseguisse a vitória e o cargo de presidente da Diretoria Administrativa do clube. Quatro meses após, entretanto, desfez o acordo, com todos os vices-presidente ligados ao grupo "Identidade Vasco", de Monteiro, deixando os seus cargos. Com isso, começou, então, a série de passos políticos dentro do Conselho Deliberativo, presidido por Monteiro, com tentativas de impeachment contra Campello. Na votação, por quatro votos, o processo não foi aberto e Alexandre Campello foi mantido no cargo.

CASO HD
O caso HD ainda segue correndo na Justiça - está em posse do Órgão Especial e Pleno do TJRJ, com relatoria do desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro, para julgar embargos de declaração opostos pelo Vasco contra decisão unânime que liberou a perícia no disco rígido - já ocorreram três tentativas de julgamento, mas todas adiadas. O caso parou no Pleno após conflito de jurisdição entre a 12ª Câmara Cível, que em 2017 vetou a perícia antes mesmo da primeira parte da eleição, e o Juizado Especial do Torcedor, criminal, que entrou na investigação após inquérito instaurado pela Delegacia de Defraudações da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, aliado ao Ministério Público também do Rio, que queria periciar. A perícia foi realizada e mais de 1000 sócios com fraudes foram constatados. Um ex-funcionário do Vasco já foi indiciado. Há a expectativa para outras pessoas ligadas ao Vasco serem denunciados e terem que responder criminalmente na Justiça.

SÓCIOS FANTASMAS
Em novembro do ano passado, o LANCE! publicou reportagem com dois sócios que confessaram as possíveis fraudes na eleição do Vasco - clique aqui e confira a reportagem. Eles detalharam o esquema que participaram. Os dois votaram na urna 7. Vale lembrar que com esta urna, que acabou sendo anulada pela Justiça posteriormente, a chapa de Eurico Miranda foi o vencedora do pleito com 2111 votos, enquanto a d Julio Brant teve 1975 votos. Sem a urna 7, Julio Brant acabou vencendo com 1935 votos, e o ex-mandatário cruz-maltino ficou com 1683 votos. A pedido dos sócios, eles foram identificados durante na reportagem como “X” e “Y”. Nos vídeos, imagem e voz foram distorcidos pela segurança dos denunciantes.

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