Retrospectiva LANCE!: sem consistência, meio de campo do Vasco foi irregular durante o ano
O retorno de Nene ainda deu uma sobrevida e encheu o torcedores de esperança, mas logo os problemas mostraram que o time era frágil e não tinha condições de obter o acesso
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O meio-campo do Vasco prometeu qualidade e consistência ao longo de todo ano, mas não cumpriu. Do início ao fim houve irregularidade, que se traduziu em falta de eficiência e produtividade na temporada. O melhor momento do setor ficou por conta do retorno de Nene, que teve um início promissor, mas chegou na reta final já com o desafio de fazer o time engrenar e tentar o acesso - algo que não ocorreu.
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Foi exatamente no setor central do campo que surgiu a primeira surpresa positiva do Cruz-Maltino na temporada: Matías Galarza mostrou ter bom chute, foi onipresente, mas foi sumindo até as participações como suplente ao longo do ano. Com achegada de Fernando Diniz, passou a não ter mais chances como titular e terminou a temporada longe dos holofotes.
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Nenhum dos volantes, na verdade, conseguiu agradar. Os crias da base Andrey e Bruno Gomes, alternadamente e juntos, tiveram pouco destaque. O primeiro foi irregular e não conseguiu ter o bom rendimento de outrora, tanto que teve suas férias antecipadas e deixou o clube. O segundo conviveu com momentos intempestivos em meio à expulsões e cartões.
A contratações de Romulo e Michel, mais experientes para o setor, também evidenciou os problemas na montagem do elenco. Ambos não tiveram sequência com os três treinadores que passaram e já deixaram o clube antes mesmo da virada do ano. Michel teve problemas físicos e não conseguiu ter sequência. Romulo, por sua vez, esteve longo do ideal para a intensa disputa da Série B.
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Ofensivamente, os jovens MT e Juninho chegaram a ser rebaixados ao time sub-20 diante de questões disciplinares. Sarrafiore foi um reserva de valor quando entrou, mas sofreu lesão grave na reta final da temporada e teve que passar por uma cirurgia. Se atrás sobrou fragilidade na marcação, na frente faltou criatividade e um futebol mais efetivo e consistente.
Marquinhos Gabriel foi contratado para ser o meia de construção, teve confiança dos treinadores, mas ficou longe de agradar a torcida, que o criticou durante boa parte da temporada. Melhorou quando foi recuado já com Fernando Diniz, mas também teve um desempenho irregular e não ficará para 2022.
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E foi recuado também porque Nene foi contratado restando quinze rodadas para o fim. Com ele chegou a sobrevida, a esperança de acesso, que logo foi desmoronada pela instabilidade e fragilidade de um elenco na Série B. O meia deu um sopro de qualidade ao setor, apesar da idade, mas uma andorinha não faz verão e faltou ao meio de campo do Vasco um jogo mais consistente, criativo e coletivo.
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