PM vê risco em Joinville e aumenta isolamento, mas não crê em brigas
Policiamento será reforçado com cem homens e cerca de 70 seguranças privados na Arena Joinville. Preocupação maior é em caso de revolta por possível queda do time catarinense
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O simples fato de o Vasco jogar na Arena Joinville já remete automaticamente o pensamento àquela partida de 8/12/2013, contra o Atlético-PR, quando membros de organizada travaram uma briga generalizada nas arquibancadas. Dois anos mais tarde, o cenário é outro. O jogo deste domingo, entre Joinville e Vasco, também é considerado de risco e a segurança será reforçada. Todavia, a preocupação é maior por um possível rebaixamento das equipes do que pela chance de haver uma nova "Barbárie de Joinville" nas arquibancadas.
Segundo o major Paulo Grams, responsável pelo policiamento nos eventos esportivos da cidade, a Polícia Militar calculou todos os tipos de situações adversas que podem acontecer, mas como não há histórico de briga entre as duas torcidas e os catarinenses foram bem recebidos no Rio de Janeiro no primeiro turno, a expectativa é de um clima tranquilo. O foco, porém, será voltado para a segurança da comissão técnica e dos jogadores do Joinville, que podem terminar rebaixados até mesmo em caso de vitória nesta tarde.
- Entendemos que é um jogo de risco. Calculamos situações que podem acontecer. No planejamento que executamos, fizemos reuniões com torcidas organizadas do Joinville e contato com as do Vasco. Sobre as torcidas, sabemos que não há rivalidade. Inclusive, no jogo de ida, a torcida do Joinville foi bem recebida no Rio. A questão é se caso o Joinville seja rebaixado pode haver uma revolta por parte da torcida. Por isso, a maior preocupação é com a segurança da comissão técnica e dos jogadores, e não por briga com vascaínos - disse.
Apesar de não haver expectativa de briga, o policiamento será maior do que o normal. Cerca de 100 policiais militares serão deslocados para a partida. Outros 70 seguranças privados também estarão no estádio. Além disso, a PM prepara um cordão de isolamento maior entre as duas torcidas. Assim, a tendência é que a parte de trás do gol que fica na direita das cabines de rádio e TV seja utilizada somente pela torcida do Vasco - no espaço permitido. Os vascaínos tiveram direito a pouco mais de 1.700 ingressos para o jogo.
- Sempre na véspera do jogo fazemos reunião com a PM e ela faz uma vistoria do estádio. Acreditamos que não terá grande problema de briga de torcidas, pois a torcida do Joinville não tem essa característica. Tem um ou outro caso isolado, mas é difícil - disse o Fundação de Esporte, Lazer e Eventos de Joinville, Fernando Krelling.
Um dos motivos para briga generalizada entre torcedores do Atlético-PR e do Vasco naquela ocasião foi a falta de policiamento dentro do estádio. Naquela época, por conta de uma recomendação do Ministério Público, os policiais fizeram a segurança somente fora da Arena Joinville. Além disso, a diretoria do Furacão vendeu mais ingressos para a torcida do Vasco do que deveria. Assim, ao invés de as torcidas ficarem separadas por cordas, ficaram por grades.
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