Sindicato de Atletas de Futebol do Rio manifesta-se sobre caso Sidão
Presidente Alfredo Sampaio acredita não ter visto maldade, mas afirma que brincadeira foi de "péssimo gosto"
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O Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (SAFERJ) posicionou-se sobre a condução do prêmio "Craque do Jogo", da TV Globo, entregue ao goleiro Sidão, do Vasco, após a derrota para o Santos por 3 a 0. O sindicato entende que "a TV Globo falhou ao tentar manter as regras do prêmio interativo e acredita que o constrangimento causado não foi intencional, visto a postura imediata dos profissionais da emissora e, poucas horas depois, da própria emissora em reconhecer o erro e fazer um pedido formal de desculpas ao atleta do Vasco da Gama".
O SAFERJ também relembrou o passado de Sidão na mensagem de apoio. Através do presidente Alfredo Sampaio, o Sindicato acredita que "há algum tempo o futebol vem sendo enxergado por alguns poucos profissionais da imprensa como um show de humor".
Confira, na íntegra, a declaração de Alfredo Sampaio.
- Como presidente do Sindicato dos Jogadores de Futebol do Rio (SAFERJ), instituição que sempre brigou e entendeu as dificuldades dos atletas, também lamentei e fiquei profundamente chateado com a brincadeira de péssimo gosto. Acredito, de verdade, que faltou jogo de cintura aos profissionais da Globo, para entender, rápido, como lidar com a situação, que ficou constrangedora.
Apesar disso, não vi maldade na na atitude, pois rapidamente se desculparam com com o jogador, que se manteve sempre sereno.
Tem um lado nessa história que veio à tona com toda essa repercussão. Já faz algum tempo que o futebol vem sendo encarado, por alguns poucos profissionais da imprensa, como show de humor. Com isso, e ressalto que não foi o caso do episódio do Sidão, perde-se a sensibilidade e os parâmetros que dividem o lado profissional e pessoal dos atletas. Assim, muitos sofrem com brincadeiras e tons nada agradáveis de críticas que poderiam ser feitas de outras formas. É ruim, pois existem familiares envolvidos.
A exposição de atletas de alto nível existe, eles aprendem a conviver com esta pressão ao longo da carreira, dos meios de comunicação, principalmente, mas existe um limite. Tomara que a reação altamente equilibrada do Sidão faça com que os profissionais que encaram o futebol como um programa humorístico, consigam perceber que os atletas, famosos ou não, merecem ser respeitados. Isso vale também para treinadores, que ficam ainda mais expostos, principalmente no Brasil - afirmou.
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