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Campeão e artilheiro em 92, Valdir confia em garoto para repetir feito

Bigode foi o grande destaque da única conquista do Vasco na Copinha, principal competição sub-20 do futebol brasileiro. Tiago Reis pode seguir os passos na decisão

Valdir Bigode - Tiago Reis
Valdir Bigode foi artilheiro e campeão da Copinha em 1992. Será que Tiago Reis repete o feito? (L!)

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Falta pouco para a decisão da Copinha, a mais tradicional competição sub-20 do futebol brasileiro. De um lado, o São Paulo, com três títulos da competição. Do outro, o Vasco, que só ganhou uma das 49 edições do torneio, em 1992. E aquela conquista, há 26 anos, pode ser uma inspiração e tanto para nova geração de garotos da Colina. O LANCE! explica.

Na única conquista do clube, o grande nome revelado foi Valdir, que anos depois ganharia a alcunha de 'Bigode'. O folclórico atacante vascaíno, que até ano passado era auxiliar técnico de Alberto Valentim, foi o grande destaque daquela campanha e terminou como artilheiro e com o troféu nas mãos. Feito esse que pode ser repetido por Tiago Reis, centroavante da equipe de Marcos Valadares, que também briga pelo título e pela artilharia. A promessa cruz-maltina tem oito gols e está a apenas um de distância para Gabriel Novaes, do São Paulo, adversário na decisão. Para Valdir Bigode, o camisa 9 tem tudo para repetir sua façanha.

- Estava viajando este mês, então só vi os últimos três jogos. Tiago realmente é um jogador de área, finalizador, que luta bastante. É quem pega o cruzamento, quem dá o corte no zagueiro e finaliza. Está tendo sua oportunidade, tem potencial e o time está numa pegada muito boa. Ele pode conseguir, sim - afirma Valdir ao LANCE!.

- O último jogo (contra o Corinthians) foi bem intenso. Independente do resultado, o Vasco teve um volume de jogo muito bom e o Tiago participou bastante. Se ele continuar nessa pegada, nessa vontade que está demonstrando, vai subir para o profissional em breve.

Valdir Bigode - Vasco
Valdir Bigode foi revelado no Vasco e se tornou ídolo da torcida

Você vê semelhanças no seu futebol com Tiago Reis?
- Vejo a situação, mas estilo um pouco diferente. Eu era um jogador de mais velocidade, gostava de sair da área, criar jogadas. Ele é mais de finalização, jogador do último toque, mais fixo. Ele costuma fazer os gols de primeira, sem carregar a bola.

Aquele título em 1992 fez diferença para você conseguir se firmar no profissional?

- Sim, não tenha dúvida. Aquele título me fortaleceu ainda mais para ter oportunidades no profissional. Qualquer garoto que sair desse time, sendo campeão ou não, vai sair em alta. Os garotos chegaram e tiveram uma grande apresentação nessa Copinha, isso é que é importante. Estão sendo visto pelo clube, pela torcida e por todos.

O que você lembra daquela final, justamente contra o São Paulo, em 1992?

- Foi um jogo muito difícil, a gente já tinha jogado contra o São Paulo na fase de grupos, foi 1x1. Tivemos dificuldades, um jogador expulso... Lembro que fiz o gol. Empatamos e já sabíamos que ia ser muito difícil. Nos preparamos para aquilo. Saímos na frente no marcador, mas eles tiveram volume maior de jogo. Ainda bem que conseguimos impor nosso jogo e batemos campeões.

Valdir Bigode
Valdir comanda treino em São Januário como auxiliar técnico (Foto: Paulo Fernandes/Vasco.com.br)

Até ano passado, Valdir Bigode era o auxiliar de Zé Ricardo, Jorginho e Valentim. Entre um técnico e outro, chegou a comandar jogos como interino. Durante os treinos, trabalhou com diversos jogadores que estão hoje na Copinha. Ele fica contente em ver o desempenho da nova geração.

- Já trabalhei com Alexander (goleiro), com Tenório (lateral), com Lucas Santos (atacante), João Pedro (atacante), Miranda e Ulisses (zagueiros). Mas não me recordo do Tiago Reis (o atleta chegou ao Vasco no meio da última temporada e não participou de treinos com elenco profissional). Eles estão mostrando que é uma geração boa. Mas depois tem a fase do profissional, que é completamente diferente. Você decidir nos juniores é uma coisa, agora nos profissionais é outra coisa. Conseguir manter o desempenho é muito difícil, mas torço por eles.

Nos jogos em que você foi interino, teve o auxílio de Marcos Valadares, que subiu às pressas. Como você avalia o trabalho do treinador da Copinha?

- O Valadares ficou três jogos comigo só. Eu o conheci pouco, estive com ele pouquíssimas vezes. Foi uma semana e meia bem intensa. Difícil falar profundamente. O trabalho não só dele mas de qualquer um que consegue chegar para buscar um título não é fácil. Se ele conquistar, espero que consiga, vai ter seus méritos. Todos aqueles que estão em São Paulo estão fazendo bom trabalho. 

Você 'pedia passagem' para se tornar treinador e não mais auxiliar. Agora que saiu do Vasco, já tem planos para iniciar a nova fase da carreira?

- Estava fora do país, cheguei tem uma semana. Agora estou esfriando a cabeça para ver o que vai acontecer. Ainda não posso informar porque realmente não sei.

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