Justiça do Rio mantém a interdição de São Januário, estádio do Vasco
Cruz-Maltino segue sem poder receber público na Colina Histórica
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Mesmo com a incessante luta do Vasco, o estádio de São Januário segue interditado pela Justiça do Rio. A decisão foi tomada em julgamento realizado nesta quarta-feira (30), no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ). O clube prometeu que recorrerá da medida, e o processo vai para Brasília (DF).
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Em paralelo a isto, o Time da Cruz de Malta conversa com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) por um Termo de Ajustamento e Conduta (TAC). Caso aconteça, o processo será extinto.
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O placar no Tribunal foi 2 a 1 sobre o Vasco. A única desembargadora a votar favoravelmente ao Cruz-Maltino, Andréa Pacha, citou o prejuízo que o clube vem tendo desde a derrota para o Goiás, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. Além disso, a magistrada também comentou que a Barreira do Vasco, comunidade próxima ao estádio, está sendo prejudicada socialmente e economicamente.
No início do julgamento, o desembargador Fernando Foch, que presidiu a sessão, fez uma reflexão a respeito do que "emociona ou não". O magistrado considerou números de moradores de rua no Rio de Janeiro e em São Paulo, citou a "escória humana" na "cracolândia" e afirmou que nada disso "nos emociona, mas o futebol nos emociona".
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- A advertência é porque temos um recurso manejado por um grande clube de futebol. Isso aqui não é uma arena. Que as emoções fiquem na arena. Eu exijo compostura. Não vou tolerar nenhuma manifestação ao estilo de torcida. Estou preparado para levar à carceragem - afirmou o magistrado Fernando Foch.
Já os desembargadores Carlos Santos de Oliveira e Renata Cotta foram os que votaram pela manutenção da interdição de São Januário. A relatora do caso, que considera prematura a desinterdição do estádio antes da perícia ser realizada, teve o voto acompanhado pelo colega. Ocorre que a perita pediu 90 dias para que a perícia fosse concluída. Já se passaram 69 dias.
Os advogados do Vasco lamentaram a decisão e prometeram seguir firmes na luta pelo clube e pela Barreira do Vasco.
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- Nós vamos continuar lutando. Acho que isso é muito importante que o torcedor Vasco entenda. O Vasco, a Barreira do Vasco e a torcida do Vasco não podem ser mais prejudicados. A gente vai adotar todas as medidas possíveis e imaginárias para que o Vasco continue obtendo êxito em seus direitos. Eu acho que isso vai ficar importante, não só na nossa posição em relação ao Maracanã, mas como na liberação completa de São Januário. Nós precisamos disso, a torcida precisa disso e a Barreira do Vasco precisa de São Januário de volta - afirmou Gisele Cabrera, diretora jurídica do Vasco.
- Fizemos um bom trabalho. Tivemos um voto favorável, mas ifnelizmente não foi suficiente. O Vasco agora vai levar o caso a Brasília para que seja analisado pelos ministros do STJ - completou Marcelo Figueira, advogado do Vasco.
Na próxima rodada, o Vasco viaja para Salvador, onde vai enfrentar o Bahia, na Arena Fonte Nova. O jogo será às 18h30 deste domingo (3).
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