Vasco x Santos: Seneme divulga áudios e imagens do VAR e diz que lance de Pedro Raul é interpretativo
Presidente do Conselho de Arbitragem da CBF fala sobre as jogadas polêmicas do revés Cruz-Maltino do último domingo, em São Januário
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A CBF divulgou, nesta terça-feira, imagens e áudios do VAR dos lances polêmicos da derrota do Vasco para o Santos por 1 a 0, em São Januário, pela 6ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com isso, o presidente da Comissão de Arbitragem, Wilson Seneme, analisou os três momentos que geraram a reclamação do clube carioca junto à entidade contra o desempenho do árbitro Rodrigo José Pereira de Lima (PE).
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O Cruz-Maltino alegou que existiu pênalti nas três jogadas, que a arbitragem nada assinalou. Contudo, Wilson Seneme afirmou que o árbitro acertou nos dois primeiros lances, em que o clube reclamou de haver mão na bola, e acertou ao deixar o jogo seguir. Em outra jogada, no suposto pênalti em Pedro Raul, já na etapa final, o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF ressaltou que o lance é interpretativo e por esse motivo o VAR concordou com a decisão de campo.
Lance 1 (Bola toca na mão do defensor do Santos)
Áudio do VAR: zagueiro cabeceia na mão do defensor. Pode seguir. Lance checado.
Opinião de Seneme: existe uma instrução muito clara da Fifa que, quando um jogador joga uma bola no braço do companheiro, esse lance não deve ser considerado infração. É como se fosse o fogo amigo, que não deve ser sancionado. Não existe a intenção. O jogador do Santos salta. É o movimento natural jogar os braços para cima. Não dá indícios de nenhuma infração. Seria diferente se fosse um atacante cabeceando.
Lance 2 (Disputa entre Pedro Raul e Joaquim e a bola resvala na mão do defensor)
Áudio do VAR: bola não mão. Bate rebate, mão de disputa. Tudo ok. Pode seguir.
Opinião de Seneme: a câmera mostra que eles estão disputando a bola. Existe a diferença entre eu ir para uma disputa e eu ir bloquear. É uma ação onde os dois jogadores estão sem o controle da bola. Disputam a mesma bola. Ninguém disputa a mesma bola com os braços para baixo. O jogador precisa desse equilíbrio para disputar. Nessa distância curta, quem pega primeiro na bola é o defensor. Ele joga no joelho do atacante. Não existe intenção e uma ação que possamos considerar infração. Na nossa visão, o árbitro e o VAR acertaram.
Lance 3 (Disputa na área entre Pedro Raul e Rodrigo Fernández)
Áudio do VAR: não tem o contato do defensor no pé. Na parte de cima, contato normal. Ele (Pedro Raul) já está caindo. (Nesse momento o árbitro diz que Pedro Raul se jogou).
Opinião de Seneme: é uma jogada extremamente fina. Minha intenção não é convencer todo mundo. É uma jogada interpretativa. É possível a interpretação de falta. Por que o VAR não chamou para uma revisão? A comunicação do árbitro é de interpretação de que não houve força suficiente no contato para o jogador cair. Não observamos um grande choque. Houve contato. Respeito a interpretação. Mas me chama a atenção a boa colocação do árbitro e a maneira como ele interpreta. As regras do jogo é assim. Nas situações que são 50/50, a gente fica com a escolha do árbitro, respaldado pelas regras.
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