Às vésperas de decisões, Vasco tenta se blindar contra os problemas

O torcedor do Vasco se habituou, nos últimos anos, a ver o clube ser uma espécie de barril de pólvora. Mesmo nos momentos de maior tranquilidade aparente, a vida política entrava em rebuliço ou um baque no time mudava os ares rapidamente. Mas nesta semana, às vésperas de jogos decisivos, a tentativa de blindagem anti-crise se faz mais visível.

Nas últimas sexta-feira, sábado e domingo, o clima passou longe dos melhores no Cruz-Maltino: Barração de Maxi López da semifinal do Estadual, corte de Thiago Galhardo da lista de relacionados para o mesmo jogo, reunião entre o presidente e os atletas... sem contar o jogo contra um Bangu melhor no primeiro tempo.

Logo depois, reuniões no próprio vestiário do Maracanã para, somente uma hora e meia depois os jogadores, num ato muito raro, se pronunciarem e, posteriormente, o técnico Alberto Valentim conceder entrevista coletiva. Apesar das proporções e da repercussão, tentou-se a preservação dos jogadores, atores principais.

Inclusive nesta segunda-feira, quando o diretor executivo de futebol do clube, Alexandre Faria, veio a público. Numa entrevista coletiva antes do treino, o dirigente tratou de botar panos quentes na turbulência que tenta se instalar no departamento de futebol. Atraso de salários, desligamento de atleta, Maxi... em 20 minutos de perguntas incisivas, Faria minimizou tudo.

É até compreensível: o elenco viaja nesta terça-feira para encarar, em Florianópolis (SC), o Avaí, pela Copa do Brasil. E nos dois próximos domingos o Flamengo será o adversário nos jogos finais do Campeonato Carioca.

Para completar, Alberto Valentim segue sem aprovação de parcela considerável da torcida. Pouco mudou apesar da invencibilidade que chegou a ser de 13 jogos e das três finais alcançadas no ano. E assim, tentando se resguardar dos problemas, o Vasco tenta avançar à quarta fase da Copa do Brasil.