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Vice de futebol do Vasco, José Luís Moreira avalia contratações: ‘Antes de a pandemia passar é um risco’

Grande-benemérito foi apresentado à torcida por meio de transmissão ao vivo da Vasco TV, e aguarda as indicações de Ramon Menezes e o fim da pandemia para contratado

Vice-presidente de futebol do Vasco José Luiz Moreira (foto:Divulgação)
Grande-benemérito, José Luís Moreira voltou ao cargo de vice-presidente de futebol do Vasco (foto:Divulgação)

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Mais um personagem do futebol do Vasco foi apresentado pela internet. No início da noite desta quinta-feira, o novo vice-presidente de futebol do Cruz-Maltino, José Luís Moreira - que voltou ao cargo que já havia ocupado anteriormente - falou à Vasco TV e respondeu a perguntas de jornalistas e sócios-torcedores previamente enviadas. E o grande-benemérito garante que o clube irá em busca de reforços, embora haja sabidos problemas financeiros.

- O perfil, realmente, só vamos ter noção quando a comissão técnica puder se reunir para termos noção dos valores que temos em casa. Havendo necessidade, vamos ao mercado tentar buscar. Está todo mundo sendo monitorado, nossa retaguarda de pesquisa de atletas está atenta. Primeiro temos que avaliar o plantel totalmente. Ver a base também. As dificuldades financeiras são grandes, mas não é impossível - explica o dirigente.

José Luís Moreira explicou que observa carências no elenco. Contudo, aguarda a sinalização da comissão técnica comandada por Ramon Menezes para ir ao mercado.

- Vejo algumas deficiências em algumas posições, mas como não sou o treinador, vou guardar para mim. Estou esperando o treinador apontar para nós as deficiências - ressaltou, ponderando que o fim da pandemia do novo coronavírus e o retorno do calendário do futebol nacional é determinante para novos contratos serem firmados.

- Primeiro eu tenho que ter uma opinião da comissão técnica. Contratar antes de a pandemia passar é um risco. Não podemos errar. Tudo que for tratado com a comissão técnica nós vamos tentar resolver - bancou.

Dificuldades em meio à pandemia
- Não só no Brasil, mas no mundo. Com certeza, a dificuldade para fazer qualquer coisa nesse momento é muito grande. Dificuldade para pesquisar mercado e outras coisas. Com essa dificuldade de contatos fica cada vez mais difícil.

Necessidade de venda de atletas
- Qualquer clube necessita de tentar fazer qualquer coisa com seu ativo. É uma maneira de você salvar. Na minha opinião, tenho muita dificuldade de me desfazer do que é bom. Se puder trazer, vamos trazer. Eu vou brigar para a gente não se desfazer, não precisar vencer. Mas é muito difícil.

Salários
- Já pagamos alguns salários de 2019 e, agora, de 2020. Vamos ver algumas parcerias com alguns amigos que possam ajudar o Vasco nessa necessidade. Os salários nós vamos tentar botar, o mais brevemente, a casa em ordem. Funcionário tem que receber. É minha meta. Uma das coisas que me propus foi resgatar o que o Vasco vem perdendo de um tempo para cá, que é a credibilidade. A partir do momento que recuperar fica legal.

Escolha por Ramon Menezes
- A minha convivência com o Ramon é muito grande, desde pouco depois que comecei como dirigente. Vejo que a oportunidade de lançar o Ramon é agora. Por que arriscar trazer um treinador que não conhece o Vasco tendo o Ramon em casa. Quero dizer que tenho um conselheiro, amigo meu, Jorge Salgado, e falamos para que déssemos oportunidade ao Ramon. Como treinador, vai ser um sucesso, se Deus quiser. Somos uma escola de treinador e jogador. Só mirar no próprio Antônio Lopes. Começou como preparador físico e foi campeão do mundo. Joel Santana, Renato Gaúcho... com Ramon não vai ser diferente. Se nós, dirigentes, dermos proteção e o torcedor apoiar ele vai ser um dos grandes treinadores que o Vasco já teve.

Antônio Lopes e Júnior Lopes
- O Lopes tem uma história no Vasco que poucos treinadores tiveram. Ele só soma no Vasco. E eu contratei o Júnior, que é da minha época. A raiz dele é toda vascaína. Só fez sucesso fora do Vasco. Por que não vamos trazer para dentro?

Nicolás Oroz, especulado no Vasco
- Todo grande torcedor nos interessa. Muitos jogadores são oferecidos e analisamos. Se pudermos e for da vontade do treinador nós vamos tentar trazer.

Comissão técnica fechada?
- Estamos bem, com a comissão praticamente fechada. O treinador de goleiros vai ser auxiliar do Germano e, com isso, praticamente, fechamos o ciclo da comissão técnica. Talvez venha mais um.

Projeção para a temporada
Infelizmente é incerta. Mas posso garantir uma coisa: essa derrota aqui em São Januário (para o Goiás, pela Copa do Brasil) não vai ficar barata. Estou focado, seco com essa derrota. Não consegue passar na garganta e o grupo está fechado para isso, para reverter esse placar.

Necessidade de reforços
- Acho que nosso time, a única diferença para outros, como o nosso rival e o Palmeiras, é que eles têm mais dinheiro para contratar. Aqui no Rio de Janeiro é tudo igual. Nosso time... quando entra em campo são 11 contra 11.

Mudança para o novo centro de treinamentos
- Processo importantíssimo. Uma vez que o contrato está acabando lá, nós com essa pandemia e tendo uma despesa enorme no CT do Almirante, nada melhor do que voltar às origens, onde ganhamos tudo. No outro, a torcida está demonstrando grandeza. Vamos para a nossa casa, não para de aluguel porque é muito caro. Não temos condição. Uma vez que temos um campo anexo, temos um estádio, vamos fazer o trabalho lá e vamos à luta. Daqui a dois ou três meses estará pronto. A meta é ter um centro de treinamento de excelência. Vamos para nossa casa ser felizes.

Retorno à diretoria do Vasco
- Grande desafio. Quando o Vasco pede, eu não faço cerimônia. Não vim antes porque tive problemas com trabalho, com meu filho, mas estou disponível agora. Não vim ajudar nem A nem B. Vim com o intuito de ajudar o Vasco junto com meus parceiros que vão chegando para levarmos até o final.

Hierarquia no departamento de futebol reformulado
- O Lopes vai ficar no vestiário, é o homem que vai cuidar do campo. Mazzuco vai cuidar, comigo, da vice-presidência, me auxiliando no escritório, dando suporte. Essa é a hierarquia: vice, Mazzuco, Lopes no vestiário e o treinador é o Ramon. Aqui não tem segredo: é trabalho e trabalho. É o que tem que ser feito.

Início da relação com o Vasco
- Vem de tanto tempo... cheguei ao Brasil no início de 1961 (é português) e daí foi só aquela colônia portuguesa me levou a ser apaixonado pelo Vasco. Desde essa época de menino eu era jogador de futebol, dizia que ia jogar no Vasco, mas só joguei de salão (risos).

Goleada histórica sobre o Flamengo, na Páscoa de 2000
- Aquele chocolate foi muito doce. Não há ninguém que esqueça...

Encontro com Thierry Henry, em Londres, à época atacante do Arsenal
- Foi fantástico. Eu estava aqui e soube que o Henry cantava ou assobiava o hino do Vasco. Eu estava indo a Portugal e resolvi esticar a viagem até Londres. Levei um monte de presentes, camisa do Vasco autografada pelo Romário... peguei um português que cuidava do centro de treinamentos do Arsenal e eles me apresentaram ao elenco e ao treinador. Me levaram para conhecer as instalações, o Henry ficou desfilando com a camisa do Vasco. Foi muito legal.

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