William Batista, interino do Vasco, se inspira em Ayrton Senna para buscar retomada no Brasileirão: ‘Nossa primeira curva’
Comandante é um dos grandes responsáveis pelo Cruz-Maltino voltar a vencer na competição
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A noite desta segunda-feira (26) não foi especial somente para os vascaínos, que voltaram a ver o Vasco vencer após 10 rodadas entre empates e derrotas. Mas também foi mágica para o técnico interino, William Batista, que comandou a equipe profissional pela primeira vez e revelou de onde tirou a inspiração para motivar os jogadores.
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- Na preleção eu mostrei um vídeo do Ayrton Senna. Vocês vão lembrar que ele larga em quarto, perde a quarta posição e vai para quinto. Depois ultrapassa todo mundo na primeira volta. Eu falei para eles que hoje seria a nossa primeira curva. Faríamos a primeira ultrapassagem. Agora vamos ver como vai ser nos jogos seguintes para a gente continuar a nossa corrida - contou William. E também parabenizou o empenho da equipe:
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- Todos eles merecem há bastante tempo essa vitória. Hoje, mais uma vez, estou muito grato aos jogadores que se empenharam, se dedicaram e deram o máximo de si. Estou feliz, é um sonho de criança. A gente começa lá atrás, há 10 anos atrás trabalhando muito, se dedicando muito. Tendo um proposito de vida. Me sinto honrado, privilegiado e abençoado por ter uma estreia para dar alegria aos torcedores. Mas sem os jogadores não seria possível.
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Apesar do pouco tempo de trabalho entre os profissionais, William Batista mostrou as credenciais de um técnico promissor. O treinador também explicou os segredos para o Vasco vencer o Cuiabá.
- A gente estudou o adversário. Essa questão da profundidade na linha de defesa, a gente poderia ter uma vantagem nisso. Acabou que eles protegeram bem a profundidade. Mas a gente tinha jogadores que jogam bem com o passe nos pés. O Rayan joga bem com o passe nos pés, o Alex (Teixeira), Marlon (Gomes), o Pec quando vem buscar a bola também consegue se associar com os companheiros. Tudo o que estruturamos foi em relação a que o adversário poderia nos oferecer para a partida. Acredito que muitas coisas aconteceram. A gente também teve bons ganhos de segunda bola, que era importante. Por isso, que também tem um quadrado no meio-campo, com o Pec e o Figueiredo tentando dar profundidade para a nossa equipe - afirmou.
Na próxima rodada, o Vasco faz o último clássico pelo primeiro turno do Brasileirão. O rival é o Botafogo, líder isolado da competição. A partida será neste domingo (2 de julho), às 16h, no Estádio Nilton Santos.
VEJA MAIS RESPOSTAS DE WILLIAM BATISTA:
JOGO RUIM?
- Jogar bem e jogar mal é muito relativo. Dentro de uma estratégia, eu acredito que os jogadores cumpriram com tudo aquilo que eu queria. Claro que quando você diz tecnicamente, o jogo em alguns momentos ficou mais defensivo. Tanto a gente quanto eles. Mas a gente sabia também que quando eles tivessem que construir, eles teriam dificuldade. No segundo tempo, acabou acontecendo umas perdas de posse e a gente conseguiu transitar forte para o campo de ataque. A estratégia com um todo, acima da parte técnica, foi bem executada e bem cumprida. Isso que nos deu a vitória.
MUDANÇAS NO SEGUNDO TEMPO
- A gente tinha percebido que o Cuiabá tinha dificuldade no controle de profundidade. O pênalti no último jogo foi assim. Tiveram alguns lances contra o Corinthians que também tiveram vantagem neste aspecto. Neste jogo eles estavam baixando um pouquinho antes e controlaram bem. Acho que porque falharam nos outros jogos. No segundo tempo tentamos buscar mais o passe na frente da linha para gerar desequilíbrio e atacar o gol deles.
DEDICAÇÃO DO GRUPO
- Eu tenho falado que o trabalho devolve. Eles estão trabalhando para caramba. Dois dias. Se dedicaram ao máximo. A gente sabe que de passo em passo e trabalhando muito, o trabalho vai nos devolver. Nos devolver vitórias, que a torcida vascaína merece. Claro que dá confiança. Não dá para ser hipócrita e dizer que uma vitória não dá confiança. A gente sabe que isso vai nos ajudar nesta semana.
PEDIDO AOS JOGADORES
- Quando o jogador consegue desfrutar e aproveitar do que ele está fazendo, ele está mais próximo da melhor versão dele. Fiz um pedido especial aos jogadores: que eles desfrutassem do jogo, que eles desfrutassem quando tivessem que defender, que eles desfrutassem quando tivessem que tirar uma bola e ajudar o Léo Jardim, que eles desfrutassem quando tivessem que atacar e que eles desfrutassem muito quando o jogo estivesse difícil. Acredito que isso foi bem executado por eles. A sinergia foi fantástica. O Bracks me deixou bem a vontade e o Abel (Braga) também em relação às escolhas que eu poderia fazer. É claro que a gente compartilha tudo, mas me deixaram muito à vontade e encorajados.
ESTREIA SEM TORCIDA
- Eu nunca vou dizer que não ter a torcida do Vasco do lado é ruim. É ruim para caramba não ter a torcida do Vasco. Ter a torcida do lado sempre é melhor. Eu queria ter feito a minha estreia com São Januário lotado. Não foi possível. Mas acho que em energia e espírito, todos estavam aqui. Era um sonho. Eu senti um pouquinho na Copinha. Queria também fazer um agradecimento à diretoria, ao (Paulo) Bracks, que me oportunizou este jogo de hoje. Oportunizar um jovem de 30 anos tem que ter bastante coragem. Mas ele sabe da competência e foi provado hoje.
TONELADA NAS COSTAS?
- Tonelada não. Porque é um jogo de futebol. Existem problemas sociais muito maiores do que todos nós, onde a gente de fato tem toneladas nas nossas costas. A gente entrou para jogar um jogo e vencemos.
BOTAFOGO
- (Botafogo) A gente vai pensar a partir de amanhã. É clássico. E quando é clássico a gente sabe que representa o Vasco. Vamos buscar dar alegrias ao nosso torcedor. Mas ainda vou estudar o Botafogo, porque eu estava muito focado no Cuiabá.
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