VÍDEO: ‘Em nenhum momento fui racista com ele’, afirma Índio Ramírez após acusação de Gerson
Jogador do Bahia se pronuncia após acusação de Gerson e nega que tenha cometido crime
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O meia colombiano Juan Pablo Ramírez, mais conhecido como Índio Ramírez, se pronunciou nesta segunda-feira após a acusação de racismo por parte de Gerson, do Flamengo. O jogador do Bahia nega que tenha cometido o crime. O atleta rubro-negro afirma que Ramírez disse "Cala a boca, negro", durante a partida disputada entre as duas equipes, no último domingo, no Maracanã.
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- Em nenhum fui racista com nenhum dos jogadores, nem com Gerson, nem com nenhuma outra pessoa. Acontece que quando fizemos o segundo gol botamos a bola no meio do campo para retomar o jogo rapidamente, e o Bruno Henrique finge. Eu arranco correndo e digo ao Bruno que "Jogue rápido, por favor”, "Vamos, irmão, jogar sério”. Aí ele joga a bola para trás e o Gerson, não sei o que me fala, me disse algo, mas eu não compreendo muito o português. Não compreendi o que me disse e falei "Joga rápido, irmão" - relatou Ramírez.
O jogador colombiano deu mais detalhes sobre sua versão. O vídeo com as declarações de Ramírez foi publicado nas redes sociais do Bahia a pedido do próprio atleta.
- Aí passo por ele e sigo a bola. Não sei o que ele entendeu. Ele jogou a bola e passou a me perseguir sem que eu entendesse o que se passava. Dei a volta por trás porque não queria entrar em briga com ninguém e depois ele sai falando que o tratei com “cale a boca, negro”, falando português quando eu realmente não falo português. Estou há apenas alguns meses no Brasil e sobre isso de ser racista não estou de acordo, porque isso não é bem visto em nenhuma parte do mundo e sabemos que no mundo todos somos iguais e em nenhum momento falei isso e menos ainda usei essa palavra - afirmou.
Gerson prestará depoimento nesta terça-feira, às 10h, na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), no Centro do Rio de Janeiro, a respeito do ocorrido. O jogador assinou nesta segunda-feira a intimação para prestar depoimento. O departamento jurídico do Flamengo acompanha de perto o caso e assessora o atleta. O inquérito policial já foi aberto para apurar o caso envolvendo o meia.
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A delegada Marcia Noeli, da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, informou que Juan Ramírez, jogador do Tricolor Baiano, o técnico Mano Menezes e o árbitro Flavio Rodrigues de Souza, que apitou a vitória por 4 a 3 entre Flamengo e Bahia, serão intimados a dar depoimento presencial. Ramírez, por sua vez, já foi afastado no Bahia.
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