Vitória fecha parceria social no mês de valorização da cultura africana
Bloco Afro Debalê irá participar de ação do clube Rubro-Negro na partida contra o Atlético-PR, neste sábado, pelo mês de valorização da cultura africana e da luta contra o racismo<br>
No mês que é celebrado o Dia Nacional da Consciência Negra, próximo dia 20 de novembro, o Vitória comemora mais uma parceria social de peso. O Bloco Afro Malê Debalê está junto com o Rubro-Negro neste mês de valorização da cultura africana e da luta contra o racismo. Criado em 2003, o dia da Consciência Negra faz uma reflexão sobre o negro na sociedade. A data também é lembrada e atribuída à morte de Zumbi dos Palmares.
No duelo com o Atlético-PR, neste sábado, o Malê cantará o Hino Nacional e o Hino ao 2 de Julho com toda sua força percussiva. A marca do bloco afro também estará estampada na manga da camisa dos atletas no duelo válido pelo Campeonato Brasileiro.
A parceria se estende ao Vitória Cidadania. O bloco, nascido em Itapuã há mais de três décadas, dará oficinas de arte para mais de 400 crianças e adolescentes em estado de vulnerabilidade social que participam do projeto rubro-negro através de um termo de cooperação.
O Malê
O Bloco Afro Malê Debalê marcou os anos 80 e 90 pela afirmação da luta contra o racismo e pela ocupação de espaços do povo negro. O Malê se consagra através de canções, danças e fantasias que levam para os circuitos do Carnaval de Salvador questionamentos e reflexões sobre a história e vida de seu povo.
A força do Malê Debalê conquistou o mundo e levou consigo o nome do bairro de sua origem, Itapuã, e a tradição de uma nação que não se deixa esquecer. Com o passar do tempo, o Malê se tornou referência mundial pela sua capacidade de inovar e mudar suas atitudes, adequando-se aos momentos vividos pela sociedade atual. No Carnaval do Salvador, o bloco já homenageou regiões do Brasil e até mesmo países que também são marcados pela luta do povo negro e africano como, por exemplo, a Nigéria.
Fundado em 1979, O Malê precisava ter um nome forte e significativo, um nome que ressaltasse o valor do povo negro para sociedade. Assim, os fundadores da entidade deram o nome “Malê”, em homenagem aos negros muçulmanos que, em 1835, realizaram um importante feito na história do Brasil, intitulado de Revolta dos Malês. Já o nome “Debalê”, criado pelos fundadores do bloco, traduz, de acordo com o fundador Josélio de Araújo, uma conotação de “positividade”, felicidade, algo de caráter afirmativo.