Pouco futebol, muita tensão e risco real de queda: A delicada situação do Vitória
Revés diante do Atlético-PR deu nova mostra de equipe fragilizada pelo momento difícil em ano onde derrotas irritam torcida e motivam protestos contra a diretoria
O Vitória recebeu em seus domínios a equipe do Atlético-PR e, com o placar de 2 a 1 favorável ao Furacão, terminou a partida pela 17ª vez nessa edição do Campeonato Brasileiro sem pontuar. Algo plenamente justificável pela apresentação onde o nervosismo e a falta de criatividade foram elementos latentes no desempenho do Leão da Barra.
Nos números gerais o time baiano até teve mais posse de bola, 52 a 48%, mas faltou novamente velocidade e uma movimentação mais coordenada do ataque Rubro-Negro.
Principalmente nas investidas de Fabiano pelo lado esquerdo, a impressão era de tentativas muito mais improvisadas do que treinadas, algo que se tornou presa fácil para o compacto sistema defensivo do time paranaense principalmente após Tiago Nunes assumir o comando técnico. Como consequência, o Atlético não precisou ter inúmeras chances de gol para abrir a conta graças ao desvio contra a própria meta de Ramon e Bruno Guimarães ter absoluta liberdade para aumentar a dianteira.
Com os sintomas de uma equipe nervosa e com dificuldade para sair das adversidades (não virou nenhum placar adverso em todo o BR-2018), a torcida que acompanha a equipe tem demonstrado uma impaciência que pode ser explicada pelo "acúmulo" dos resultados da temporada.
Tendo perdido a final para o arquirrival Bahia no estadual, a eliminação na Copa do Brasil contra o Corinthians e a queda na Copa do Nordeste frente ao Sampaio Corrêa (rebaixado à Série C) com direito a uma derrota por 3 a 0 no Maranhão parecem pesar no julgamento em relação ao elenco e a administração do presidente Ricardo David. Não à toa além das vaias a equipe em si, gritos para que o atual mandatário deixasse o comando do clube puderam ser ouvidos por quase todo o duelo no Barradão.
É com esse cenário que o Vitória entra nas quatro rodadas finais do Brasileirão. Precisando, notoriamente, superar bem mais do que a atual 18ª posição que o coloca dentro da zona de rebaixamento e a realidade de disputar a Série B em 2019.