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Adenízia: ‘Após pular etapas para ir a Tóquio, usei quarentena a meu favor’

Central aproveita isolamento para tratar lesão, cuidar da mente e morar com o marido pela primeira vez. Ao L!, ela fala em retornar ainda mais forte e lutar por nova medalha olímpica

Adenízia - SESI Vôlei Bauru
imagem cameraAdenízia é um dos destaques do Sesi Bauru na Superliga, prevista para outubro (Foto: Divulgação/SESI Vôlei Bauru)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 06/07/2020
19:35
Atualizado em 23/10/2020
15:52

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Campeã olímpica com a Seleção Brasileira de vôlei em Londres-2012, a central Adenízia está determinada a lutar por mais uma medalha olímpica, depois dos imprevistos causados pelo COVID-19 e de um processo pessoal de amadurecimento. 

Ainda à espera do retorno dos treinos com bola, previstos para agosto se a pandemia permitir, a jogadora do Sesi Vôlei Bauru acredita que poderá retornar mais forte do que antes da paralisação da Superliga, decretada em março. Na época, ela buscava resgatar a melhor forma.

Uma lesão no ombro direito sofrida durante a passagem pelo Scandicci Savino Del Bene, da Itália, no ano passado, vinha sendo uma de suas maiores inimigas na caminhada rumo ao Japão. É por isso que, enquanto muitos atletas sofreram prejuízos físios e técnicos com o adiamento da Olimpíada, pode-se dizer que a mineira tirou algum proveito da situação.

A veterana de 33 anos usufruiu dos benefícios desta nova fase, em que pôde cuidar da mente, tratar o problema físico com mais atenção e, finalmente, morar com o marido pela primeira vez. O casamento com Vitor aconteceu há um ano. Em 2019, ela chegou a passar por uma arstoscopia no ombro.

– Como eu tinha feito tudo correndo para as Olimpíadas, pulando etapa, usei a quarentena para jogar a meu favor. Li muito, pesquisei sobre o que queria fazer quando chegasse ao fim o meu voleibol. Resolvi fazer cursos, mental coach com meu bruxo Maurici Mariano, e cuidar da mente, não só do corpo. Coisas que não temos tempo de fazer. E ainda consegui curtir minha família, viver uma vida de casada! Cinco anos com meu marido e nunca tinha realmente morado com ele – afirmou Adenízia, ao LANCE!.

Na Itália, o ambiente não era favorável na luta pela vaga olímpica. Como há limite de quatro estrangeiras por equipe, a brasileira se viu preterida, afinal a lesão comprometeu seu desempenho. Além disso, o time passou por uma mudança de comando durante a temporada. Marco Mencarelli foi demitido no dia 10 de janeiro e foi substituído por Luca Cristofani. Com todos os fatores, a central resolveu voltar ao seu país.

– Tudo aconteceu do nada. Eu estava em recuperação de um lesão no ombro, jogando na Itália. Como eu queria ter mais uma oportunidade de ir para Tóquio, decidi que era hora de retornar ao Brasil e começar uma nova preparação. Sabia que seria bem amparada. Voltei para o Insport, onde minha fisioterapeuta Monica Mariutti e o Rodrigo Iglesias me deram total apoio. E acertei com o Sesi Vôlei Bauru, que já estava atuando na Superliga – disse a atleta.

Em um momento delicado para o vôlei brasileiro, atingido pela crise do novo coronavírus, a campeã olímpica acredita que é preciso aguardar as respostas da pandemia antes de voltar a planejar os passos futuros em quadra. Enquanto isso, procura se preservar da infecção.

– Tem sido difícil nossa vida. É uma incerteza enorme. Dias sem poder sair de casa, sem rotina. Depois da minha vinda, estoura uma pandemia que ninguém nunca imaginou que poderia acontecer. E lá se vai toda a minha preparação para brigar por uma vaga em Tóquio. Mas o momento agora era de pensar na minha saúde e na do próximo. Era obrigatório ficar em casa.

De todo modo, o objetivo de Adenízia na próxima Superliga é mostrar serviço ao técnico José Roberto Guimarães. A posição é uma das mais concorridas no Brasil. Fabiana, Thaisa, Carol, Carol Gattaz, Bia, Mara e Mayany são outros nomes fortes que poderão concorrer com a mineira no setor. Por enquanto, ela recorre à meditação, à dança e aos trabalhos físicos dentro de casa.

– Tivemos que nos transformar, fazer exercícios em casa, usando muitas vezes os móveis, dançar, meditar, ler para passar o tempo e a ansiedade, mas eu vi que era preciso fazer algo a mais. Me conhecer internamente, saber ter paciência, então comecei do zero minha recuperação do ombro na Insport novamente. Nós atletas tivemos que nos reinventar, tirar lições dessa pandemia, como tiramos de uma derrota ou vitória. Deixar o corpo descansar e a mente trabalhar para que possamos voltar mais fortes, para fazer o mundo sorrir novamente – afirmou a atleta.

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