Após dispensa da Seleção, Monique mira taça da Superliga e nova chance
Oposto, que deixou equipe dois meses antes da Olimpíada por problema pessoal, se renova para buscar o quarto título do torneio com o Rexona-Sesc na decisão contra o Vôlei Nestlé<br>
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Quando corpo e mente não se alinham, o rendimento de um atleta de ponta cai. Foi o que sentiu Monique, de 30 anos, a dois meses da Olimpíada do Rio. A oposto estava na briga por uma das vagas na posição na Seleção Brasileira, mas pediu dispensa e frustrou o técnico José Roberto Guimarães na ocasião.
Segundo a atacante, a escolha era necessária. Ela prefere não expor os motivos, mas garante ter superado o fato. Quarta maior pontuadora da Superliga feminina, mostra em números que a fase é das melhores. No embalo, tentará ajudar o Rexona-Sesc a bater o Vôlei Nestlé na decisão de domingo, às 10h, na Jeunesse Arena, no Rio. O time tenta o 12º título do torneio, que seria o quarto dela.
– Foi uma decisão muito difícil, mas eu realmente precisava sair. Foi um fato pessoal que mexeu muito comigo. Eu não estava preparada para ficar lá. Não teria cabeça para defender a Seleção e preferi sair. Ficaria muito feliz de ser lembrada no novo ciclo. Se ele me chamar, com certeza volto – afirmou a atleta, ao LANCE!.
Aos 30 anos, Monique vive uma dos melhores momentos da carreira. Ela conta que tem ouvido diversos comentários de que está no auge. Quando questionada se concorda com a afirmação, abre um sorriso tímido e lembra que, no ano passado, já havia ficado satisfeita com o desempenho que a levou para a Seleção.
– Fico feliz de ouvir cada vez mais as pessoas falando que estou bem. Com a cobrança do Bernardo o time muito bom, nos obriga a treinar em nível muito alto. Tento melhorar cada fundamento. E a preparação física é ótima. Eu me cuido e me alimento bem. O resultado vem na quadra. Quero crescer na final – diz a atleta.
Uma das explicações para o maior destaque da jogadora nesta edição é a mudança tática que Bernardinho teve de promover no Rexona. A saída da ponteira Natália, hoje no Fenerbahçe (TUR), obrigou a levantadora Roberta a buscar outras opções para decidir as bolas mais difíceis.
– Tivemos uma perda grande com a saída da Nati. Ela desequilibrava. No final de set, a bola iria para ela. Sobrou mais responsabilidade para mim e as laterais – conta.
No ano passado, sua irmã gêmea Michelle, que defendeu o Dentil/Praia Clube na atual temporada, também havia deixado a Seleção B por questões pessoais.
Monique levou o título da Superliga com a equipe carioca nas temporadas 2007/2008, 2008/2009, quando saiu do banco no jogo decisivo contra a equipe de Osasco e foi eleita a melhor em quadra, e 2015/2016. Vem mais um agora?
Ingressos ainda à venda
Os ingressos para a decisão da Superliga feminina entre o Rexona-Sesc e Vôlei Nestlé ainda estão à venda no link: http://www.tudus.com.br/
evento/jeunesse-arena-superliga-feminina-de-volei.
Segundo balanço de ontem da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), restavam por volta de 1.700 entradas. Ontem, as equipes fizeram os primeiros treinos no local.
BATE-BOLA
Monique
Oposto do Rexona, ao LANCE!
‘Não posso achar que vou vir por cima dos bloqueios das meninas’
Com 1,78m, você tem se destacado em meio a opostos mais altas, como a Hooker (1,91m), do Minas, e a Bjelica (1,90m), do Vôlei Nestlé. Como tem sido esse desafio?
Tenho de me superar. Estar forte para saltar e melhorar o ataque, com mais golpes. Tem horas que o jogo fica muito marcado. Depois das partidas, assisto aos vídeos para ver o que posso fazer de diferente. Por ser baixa, tenho de me destacar em todos os fundamentos. Não posso achar que vou vir por cima dos bloqueios das meninas. Tenho de ajudar no todo.
O Rexona vem de uma semifinal dura com o Minas, decidida no quinto jogo, após saírem em desvantagem. Confiança aumentou?
No ano passado, também saímos em desvantagem na semi. Mantivemos o pensamento positivo o tempo inteiro, analisando os erros. Nas reuniões de vídeo, o Bernardo contou algumas histórias e leu trechos de livros. A confiança aumentou. Ganhamos todos os jogos na Arena. Jogar em casa e com o apoio da torcida é sempre bom.
Concorda que está em sua melhor temporada na carreira?
As pessoas falam que é a minha melhor Superliga, mas eu achei que a passada também foi muito boa. Procuro não pensar tanto (risos).
Você chegou a conversar com o Zé Roberto depois que pediu dispensa da Seleção ano passado?
Não houve essa conversa ainda, mas sei que ele está de olho na Superliga para avaliar a convocação. A Seleção Brasileira é o sonho de todo atleta.
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