Paulistas e cariocas tentam quebrar hegemonia do Cruzeiro na Superliga
Equipe mineira, que venceu as últimas cinco edições do torneio, sofreu perdas, mas foi ao mercado para se manter entre as favoritas. Sesi, Taubaté e Sesc-RJ serão os maiores rivais
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A Superliga masculina de vôlei, que começa nesta quarta-feira, vai marcar uma batalha em que paulistas e cariocas tentarão quebrar um domínio mineiro. Afinal, o Sada Cruzeiro venceu as últimas cinco edições e chega mais uma vez entre os favoritos ao título nacional.
A equipe comandada pelo argentino Marcelo Mendez estreia contra o Vôlei Renata, às 19h30, no Ginásio do Taquaral, em Campinas (SP), em duelo antecipado da sexta rodada do turno, já que os mineiros disputarão o Mundial de Clubes, entre os dias 26 de novembro e 2 de dezembro, na Polônia.
O Cruzeiro é responsável pela maior hegemonia na história da Superliga. Antes, os times que conseguiram se manter no topo por mais tempo foram a extinta Cimed, de Florianópolis, por três edições (2007/2008, 2008/2009 e 2009/2010), e o Minas Tênis Clube (na época chamado Telemig Celular/Minas), que levou a melhor nas edições 1999/2000, 2000/2001 e 2001/2002.
Nos últimos anos, o Sada teve como trunfo a manutenção de uma base vencedora, o que facilitou o trabalho de Mendez. Mas não evitou perdas, sobretudo em 2017. Mesmo assim, preencheu lacunas, apostou em atletas competitivos e se manteve como alvo a ser batido.
– É incrível o que fizemos nos últimos anos, e mais uma vez vamos entrar para buscar o título. A Superliga é um torneio muito difícil, com várias equipes candidatas ao título, times que se reforçaram muito e vamos fazer o nosso trabalho. Temos um grupo diferente, reformulado. Ainda faltam alguns ajustes, mas nosso objetivo é sempre fazer o nosso melhor, o nosso máximo, em todo campeonato que a gente disputar – declarou Marcelo Mendez.
Desta vez, o Cruzeiro terá como maiores rivais o Sesi-SP, atual vice-campeão e embalado pela conquista da Supercopa, contra os mineiros, em outubro; o Sesc-RJ, terceiro na liga passada; e o EMS Taubaté Funvic, quarto lugar em 2017/2018.
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Concentração no Sudeste
A promessa é de equilíbrio, uma vez que as trocas de clubes foram significativas. O Sada perdeu o ponta Leal e o central Simon, ambos cubanos, para o vôlei italiano, e contratou o americano Sander e o francês Le Roux. Viu o levantador Uriarte se transferir para o Taubaté e efetivou Fernando Cachopa.
– Trocamos peças fundamentais: levantador, ponteiro e central. É difícil encaixar. Temos de entender a nova filosofia e isso demanda tempo – afirmou o ponteiro Filipe.
E não é só entre os favoritos que a Superliga se concentra no eixo Rio-São Paulo-Minas. Dos 12 participantes, só o Copel Telecom Maringá e o Caramuru, ambos do Paraná, não são da região Sudeste.
Grupo dos maiores favoritos concentram vice-campeões mundiais
As demais forças da Superliga também foram às compras e contarão com atletas da Seleção vice-campeã mundial este ano. O EMS Taubaté/Funvic reforçou o elenco com o central Lucão e o ponteiro Douglas Souza, ambos ex-Sesi, e manteve o líbero Thales, além do ponteiro Lucarelli, campeão olímpico. Outros reforços foram o ponteiro argentino Conti e o oposto Leandro Vissotto.
O Sesi, que tem o levantador William, acertou com dois selecionáveis para se manter entre os melhores: o ponteiro Lucas Lóh e o central Éder.
A outra equipe “grande” é o Sesc-RJ, comandada por Giovane Gavio, que anunciou o oposto Wallace, titular da Seleção. O grupo teve o reforço do ponteiro búlgaro Rozalin Penchev.
– Vai ser uma temporada bem interessante. Os times se reforçaram muito. Temos um grupo completo. Vamos dar trabalho. A cabeça de cada jogador poderá levar a equipe ao lugar mais alto do pódio. Este é o nosso objetivo. Espero corresponder. Quando criarmos uma identidade, não terá mais erro – falou Wallace, que estava no Taubaté.
O Cruzeiro, por sua vez, renovou com o central Isac e o oposto Evandro, do grupo que foi ao Mundial.
O maior campeão nacional é o Minas, que ganhou quatro Superligas e três Campeonatos Brasileiros.
A Superliga, que chega à 25ª edição, conta com 12 equipes, que se se enfrentam em turno e returno. As oitos melhores se classificam para as quartas de final, que serão disputadas em melhor de três. As quatro melhores avançam para a semifinal, que, assim como a final, será em melhor de cinco jogos.
São Paulo tem ‘boom’ de times
Em relação à última temporada, o estado de São Paulo teve um aumento no número de representantes na Superliga masculina de quatro para sete equipes. Isso porque desistiram de disputar a competição o Lebes Canoas (RS) e o Montes Claros (MG), por problemas financeiros. O JF Vôlei (MG) foi rebaixado.
O São Francisco Saúde/Vôlei Ribeirão (SP) e o Vôlei UM Itapetininga (SP) garantiram vagas na elite ao chegarem à final da Superliga B.
AS EQUIPES
Sada Cruzeiro
Fernando Cachopa, Taylor Sander, Isac, Evandro, Filipe, Le Roux e Serginho (L). Técnico: Marcelo Mendez
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Sesi-SP
William, Lipe, Éder, Alan, Lucas Lóh, Gustavão e Murilo (L). Técnico: Rubinho
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Sesc-RJ
Thiaguinho, Maurício Borges, Maurício Souza, Wallace, Penchev, Thiago Barth e Tiago (L). Técnico: Giovane Gavio
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EMS Taubaté Funvic
Uriarte, Douglas, Lucão, Vissotto, Lucarelli, Otávio e Thales (L). Técnico: Daniel Castellani
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Corinthians-Guarulhos
Marcelinho, Diogo, Sidão, Rivaldo, Fábio, Riad e Serginho (L). Técnico: Gersinho
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Vôlei Renata
González, Temponi, Luizinho, Dani, Vaccari, Michael e Lukinha (L). Técnico: Horacio Dileo
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Fiat/Minas
Marlon, Bob, Flávio, Roque, Piá, Matheus Bispo e Maique (L). Técnico: Nery Tambeiro
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Caramuru Vôlei
Índio, Toro, Mudo, Léozão, Peron, Matheus e Gian (L). Técnico: Fábio Sampaio
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Copel Telecom Maringá
Rodrigo, Aureliano, Johan, Leandro Araújo, Rômulo, Daniel e Mário Júnior (L), Técnico: Alessandro Fadul
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Vôlei UM Itapetininga
Pedro Teles, Victor Birigui, Wennder, Leandrão, Rogério Mineiro, Wilclemi e Filipe Stolberg (L). Técnico: Magoo
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São Francisco Saúde/Vôlei Ribeirão
Jotinha, Alisson, Petrus, Alemão, Ricardo, Giovanni e Diego (L). Técnico: Marcos Pacheco
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São Judas Vôlei
Matheus Gonçalves, William Rabel, Rodrigo Leitzke, Alison Bastos, Gabriel, Diego e Rafa (L). Técnico: Orlando Araújo
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