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Polonesa Skowronska fala sobre o bom momento no vôlei brasileiro

Oposto está na segunda temporada pelo Hinode/Barueri

Skowronska
Polonesa em ação pelo time paulista (Gaspar Nóbrega/Hinode Barueri)

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Aos 35 anos, a oposto polonesa Kasia Skowronska vive uma grande fase. Na atual Superliga Cimed feminina de vôlei ela é a jogadora que mais marcou pontos, com 399 acertos - uma média de quase seis pontos por set – até a nona rodada do returno.

A atacante é o principal pilar do Hinode/Barueri, equipe comandada pelo tricampeão olímpico José Roberto Guimarães. O treinador é um velho conhecido da jogadora. Os dois trabalharam juntos no Pesaro, da Itália, e no Fenerbahçe, da Turquia, e juntos conquistaram títulos relevantes como o Mundial de Clubes de 2010 com a equipe turca.

Depois de romper os ligamentos do joelho direito em janeiro de 2017 quando atuava pelo Bergamo, da Itália, a atacante aceitou o convite do treinador brasileiro e teve no ano passado a sua primeira experiência no voleibol brasileiro. Na época ainda em fase de recuperação da cirurgia, a atacante ajudou o time de Barueri a chegar nas quartas de final da competição. Em 2018, a jogadora participou de toda a pré-temporada e tem encantado com suas atuações decisivas.

Em entrevista ao site da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), a atacante falou sobre o vôlei brasileiro, as dúvidas após a cirurgia, idade, a parceria com o treinador José Roberto Guimarães e os objetivos para o restante da temporada.

Como você analisa as suas duas primeiras temporadas no voleibol brasileiro?
Na temporada passada eu cheguei depois da cirurgia no joelho e estava me recuperando, portanto não foi um período fácil e trabalhei bastante para voltar a jogar em alto nível. Eu tive que ter paciência. Nesse primeiro momento foi bom para eu conhecer a Superliga. Aos poucos, fui melhorando e no final da temporada estava quase no meu melhor nível. No entanto, senti que precisava ficar pelo menos mais um período na equipe. Eu tinha que evoluir e jogar melhor e, nessa temporada, estou me divertindo mais e posso dizer que jogo no mesmo nível de antes da cirurgia.

Qual sua avaliação da Superliga Cimed?
A Superliga Cimed é muito equilibrada. Nós temos que estar concentradas todo o tempo para conseguir as vitórias e não perder pontos importantes na classificação. Isso é interessante e o nível é muito forte. Ainda não sabemos qual equipe vamos enfrentar nos playoffs e isso deixa a Superliga mais emocionante.

Como foi a sua recuperação da cirurgia no joelho direito? Você tinha dúvidas que jogaria em alto nível novamente?
É difícil falar sobre isso e posso dizer que passei por um dos momentos mais difíceis na minha carreira. Quando eu rompi os ligamentos do meu joelho pensei que minha carreira tinha acabado. Na minha idade não sabia se eu seria capaz de voltar a jogar voleibol. Eu falei com a minha família que não assinaria contrato com nenhuma equipe porque não sabia como seria minha recuperação e achava que não jogaria no mesmo nível de antes. Eu voltei a jogar voleibol por causa do Zé Roberto. Ele me ligou desde o dia seguinte da cirurgia e sempre disse que eu voltaria a jogar em alto nível. O Zé Roberto esperou pelo meu retorno praticamente toda a temporada passada e sempre me falou que eu voltaria jogar no mesmo nível de antes. Sou muito grata ao Zé porque hoje sou a mesma jogadora de antes. Posso dizer que fiz a escolha correta para continuar jogando voleibol.

Nessa temporada você é, até o momento, a atleta que mais marcou pontos na Superliga Cimed. Qual é o segredo para jogar em alto nível aos 35 anos?
Tenho treinado bastante e estou satisfeita com meu desempenho. Acredito que o segredo para o meu bom momento é o amor que eu tenho pelo voleibol. Sou apaixonada por esse esporte. Também tenho que agradecer os meus pais por uma boa genética, o que me ajuda a jogar bem nessa idade. Se você realmente ama algo e não perde a paixão por isso, você é capaz de seguir nessa carreira por mais anos do que imagina. Eu conheço o meu corpo, sei o quanto preciso dormir, além disso é muito importante você conhecer o funcionamento do seu corpo e saber escutá-lo. Alguns dias você precisa sair, viajar, ficar com seus amigos e em outros o seu corpo só precisa descansar. Assim você estará pronto para uma nova semana de jogos e treinos.

Como é jogar no Hinode Barueri?
Eu realmente gosto das jogadoras da minha equipe. Nós convivemos muito bem juntas e elas confiam no meu trabalho o que é muito importante. Elas sabem que podem contar comigo e eu com elas. Estou me sentindo muito bem no Brasil tanto no time como na minha vida pessoal.

Como é ser treinada pelo José Roberto Guimarães?
É muito bom treinar com o Zé Roberto. Ele é o meu treinador favorito. Nos conhecemos há muito tempo e trabalhamos juntos na Itália e na Turquia. Sempre admirei o trabalho dele. O Zé é um treinador muito experiente e conhece muito voleibol. Tenho um respeito muito grande por ele. Acredito que foi por isso que voltei a jogar vôlei. Eu acreditava que ele poderia fazer eu jogar voleibol em alto nível novamente. Eu serei grata ao Zé até o final da minha vida.

Quais são seus objetivos para Superliga Cimed essa temporada com o Hinode Barueri?
Nosso objetivo para essa temporada é lutar muito para terminarmos a temporada na melhor posição possível. Queremos ganhar todos os jogos até o final do returno e depois vamos ver qual equipe vamos enfrentar nos playoffs. Não sei como vamos terminar a competição, mas posso garantir que vamos lutar muito e vamos dar o nosso melhor. Nós temos um time que é capaz de surpreender qualquer equipe nos playoffs.

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