Virada, virada e mais virada. Parece ser esta a palavra de ordem do Rexona-Ades. Depois de sustos e polêmicas com a arbitragem, a equipe carioca comprovou nesta segunda-feira porque fez a melhor campanha e se garantiu na sua 12ª final consecutiva da Superliga Feminina de vôlei.
As comandadas de Bernardinho voltaram a bater o Vôlei Nestlé, desta vez por 3 sets a 0, com 25-20, 25-23 e 25-16, no Ginásio do Tijuca, e fecharam um dos playoffs mais emocionantes da história recente. O Rexona perdeu o primeiro jogo, mas levou a melhor nos dois seguintes.
Desde antes de a bola subir, os gritos de "pipoqueira" da torcida carioca já tentavam desestabilizar Thaisa. Mais uma vez, o Nestlé teve um início melhor, e abriu 10 a 6. Mas no saque de Juciely, as donas da casa começaram a disparar.
Novidade após deixar a americana Courtney Thompson no banco no segundo confronto, a levantadora Roberta superou um início nervoso e contou com bons ataques de Natália, Gabi e Monique para o time a abrir 1 a 0.
No segundo set, o cenário já visto antes se repetiu. A equipe paulista começou na frente (4 a 0), mas uma pequena reação era só o que o Rexona precisava para minar a confiança do oponente.
Com bons bloqueios e saques precisos, o grupo transformou dificuldade em conforto. Até viu a dupla de "gringas" de Osasco, formada pela cubana Carcaces e a belga Van Hecke, aprontar. Mas Monique cresceu para selar o 2 a 0.
A terceira parcial mostrou um Nestlé abatido, sobretudo Thaisa. A central da Seleção entregou um saque na rede no fim do set anterior. O golpe abateu o grupo, que foi presa fácil do Rexona até o apito final. Carol anotou o último ponto.
Foi um reencontro entre os protagonistas de 10 das últimas 11 finais. Na história do torneio, as equipes já se enfrentaram 80 vezes, com 46 vitórias do Rexona, contra 34 do Nestlé.
O time do Rio decidirá o título no domingo, às 9h, em Brasília, contra o Dentil/Praia Clube, que bateu o Camponesa/Minas na outra semi.