Superliga expõe dependência do poder econômico do Sudeste
Maior campeonato de vôlei do Brasil perde participantes do Sul por falta de patrocínios e vê desigualdade geográfica aumentar
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A Superliga de vôlei, que começa neste sábado no naipe masculino com o duelo entre Sesc-RJ e EMS Taubaté Funvic, às 14h05, no Tijuca, marca um cenário ainda preocupante para o vôlei brasileiro: a dificuldade de inserir os clubes dos estados que estão fora do Sudeste.
Em relação à temporada passada, o campeonato perdeu dois times do Sul por falta de patrocínios: Bento Vôlei (RS) entre os homens, e o Rio do Sul (SC), na disputa das mulheres. Se não bastasse a frustração das torcidas de verem suas equipes ausentes, as substitutas não alteraram em nada a distribuição desigual no mapa do torneio nacional.
No masculino, nove dos 12 clubes são do Sudeste: o atual tetracampeão Sada Cruzeiro (MG), Corinthians/Guarulhos (SP), Vôlei Renata (SP), Montes Claros (MG), JF Vôlei (MG), Sesi (SP), Sesc (RJ), EMS Taubaté/Funvic (SP) e Minas Tênis Clube (MG).
O Sul tem as outras três: Lebes Canoas (RS), Copel Telecom Maringá Vôlei (PR) e Ponta Grossa Caramuru (PR). O último havia sido rebaixado, mas “tapou o buraco” deixado pelo Bento Vôlei.
No feminino, a Superliga ficou mais paulista do que já era. Dos 12 inscritos, sete são de São Paulo. Somente o BRB/Brasília não é do Sudeste. Com a saída do Rio do Sul, que anunciou a retirada a apenas duas semanas do início do torneio e deixou jogadoras sem salários, o Renata Valinhos/Country (SP) ocupou a vaga, na condição de 12o colocado da temporada anterior.
O campeonato este ano conta ainda com Sesc (RJ), atual penta, Fluminense (RJ), Camponesa/Minas (MG), Dentil/Praia Clube (MG), Vôlei Nestlé (SP), Pinheiros (SP), Vôlei Bauru (SP), São Cristóvão Saúde/São Caetano (SP), Sesi (SP) e o estreante Hinode Barueri (SP).
Na tentativa de amenizar o problema e levar o campeonato para outras áreas do Brasil, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) negociou com clubes o agendamento de partidas para o Norte na última edição. Manaus e Belém receberam confrontos. O mesmo pode acontecer este ano.
O primeiro jogo da Superliga feminina será entre Fluminense e Brasília, amanhã, às 13h, no Rio de Janeiro.
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