Superliga é lançada com festa para ‘desbravador’ do vôlei nos anos 80
Torneio nacional terá aumento no número de estrangeiros como novidade<br>
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A Superliga 2015/2016 foi lançada oficialmente nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, com uma grande festa em homenagem a um dos principais "desbravadores" do vôlei brasileiro. Antônio Carlos de Almeida Braga, o Braguinha, recebeu uma placa dos ex-jogadores Bebeto de Freitas, Renan Dal Zotto e Paulo Roese, por ter dado passo inicial para o desenvolvimento da modalidade ao investir na primeira equipe-empresa do torneio, o Atlântica/Boavista (RJ), nos anos 80.
Aos 89 anos, Braguinha é famoso por não ter deixado de comparecer a uma edição sequer de Copa do Mundo desde 1950, além de ter marcado presença em todas as edições dos Jogos Olímpicos desde Munique (ALE), em 1972. A iniciativa de lembrá-lo no evento partiu do presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Walter Larangeiras, o Toroca. Durante os discursos, o que não faltou foi história.
– Braguinha talvez tenha sido o maior professor de esportes deste país. Em 1981, nós tínhamos nove dos 12 jogadores da Seleção Brasileira e ganhamos da Pirelli, onde jogavam os outros três. Depois do campeonato, o time deles veio ao Rio para tirar dois jogadores nossos, o Xandó e o Amauri, e levá-los. O Braga liberava todo mundo, e eu fiquei na minha. Então, fui reclamar, e ele me disse: "ô garoto, vai trabalhar, porque para eu pagar o seu salário, você tem de ter adversário". A partir daquele momento, o vôlei brasileiro de clubes teve uma explosão sem limites – recordou Bebeto de Freitas, primeiro técnico do Atlântica/Boavista.
A cerimônia contou com a presença de membros das 12 equipes de cada naipe do torneio. Dentre as novidades, destaca-se o aumento no número de estrangeiros para pelo menos 20 (sete entre as mulheres e 13 entre os homens). A lista ainda deve aumentar. Na edição passada, foram 12.
– Um ano que antecede Olimpíada faz todo mundo querer estar na Seleção. Isso será bom, porque o nível da Superliga aumenta. Espero que seja ainda maior do que na anterior. Que pegue fogo! – disse o líbero campeão olímpico Serginho, do Sesi-SP.
A Superliga masculina começa no dia 7 de novembro, com a presença de Sada Cruzeiro (MG), Sesi-SP, Funvic/Taubaté (SP), Minas Tênis Clube (MG), Brasil Kirin (SP), Copel Telecom Maringá Vôlei (PR), Lebes/Gedore/Canoas (RS), Juiz de Fora Vôlei (MG), Voleisul/Paquetá Esportes (RS), Bento Vôlei/Isabela (RS) e São José dos Campos (SP).
A feminina, que terá início no dia 9, conta com Rexona-Ades (RJ), Vôlei Nestlé (SP), Sesi-SP, Camponesa/Minas (MG), E.C. Pinheiros (SP), Brasília Vôlei (DF), São Cristóvão Saúde/São Caetano (SP), Rio do Sul/Equibrasil (SC), São Bernardo Vôlei (SP), Concilig/Vôlei Bauru (SP) e Renata Valinhos/Country (SP).
Além de Braguinha, a levantadora Fofão, Renan Dal Zotto e Bebeto receberam uma homenagem da CBV por terem entrado para o Hall da Fama da modalidade na semana passada, nos Estados Unidos.
CBV revela valores com transferências
No ano passado, a CBV arrecadou cerca de R$ 2 milhões em taxas de transferência internacionais de atletas. A revelação foi feita pelo diretor executivo da entidade, Ricardo Trade, que oficializou o novo destino dos valores. A novidade entrou em vigor no dia 1º de setembro.
A partir da data, o montante total anual passou a ser dividido em duas partes iguais: 50% para o desenvolvimento do esporte, o que inclui um programa de pós-carreira para atletas aposentados e outros projetos, e 50% para os clubes e federações tanto de origem quanto atuais do jogador envolvido na transação.
– Ninguém aqui está dizendo que os recursos de transferência internacional iam antes para qualquer lugar. Eles eram usados em atividades necessárias na CBV. Mas agora terão um endereço certo lá dentro – afirmou Trade.
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