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O Atlético-MG conseguiu, nesta quinta-feira (20), a aprovação da criação da sua Sociedade Anônima do Futebol (SAF). No primeiro dia de votação, o número de votos a favor necessário de 273 foi alcançado. Nesta sexta-feira (21), a votação se encerra, mas com o resultado já conhecido. Os conselheiros deram razão à diretoria e autorizou a nova forma de condução do futebol, que separa o clube em parte empresa e parte associação. O Galo foi dividido da seguinte forma: 75% das cotas do futebol do clube serão da SAF e os outros 25% ficarão a cargo da Associação, que manterá sob seu patrimônio a sede de Lourdes e o clube Labareda.
Em nota nas redes sociais, o Galo diz que será a "maior SAF do Brasil". Rubens Menin, empresário e um dos gestores do Atlético, afirmou que o clube será grande.
- Não queremos levar vantagem. Vamos é aumentar a responsabilidade a partir de agora. A coisa, feita com o profissionalismo que está sendo feita, o Atlético vai ser um time grande. Não tem nada fácil. Tudo é muito difícil. Mas vai ser um time grande. A gente tirando esses juros da dívida, comendo o Atlético pelo pé, 13,75 mais spread, come o Atlético pelos pés. Vamos ter um futebol bom. Não vai ser o maior do mundo ainda, porque tem o Real Madrid na Espanha e o Flamengo aqui com o orçamento. Mas quem sabe a gente chega lá - disse.
A Galo Holding vai adquirir 75% da SAF atleticana, com empresários atleticanos e um fundo de investimentos. Eles irão aportar R$ 913 milhões de imediato no empreendimento e ainda assumirão100% da dívida do clube, de quase R$ 1,8 bilhão.
Como será o aporte
Cerca de R$ 600 milhões dos R$ 913 milhões iniciais serão para pagamento de dívidas do Galo com os seus credores. Esse aporte será feito já em outubro. Bruno Muzzi, CEO do Galo, falou como será o planejamento de dívidas.
- E nosso planejamento é que para 2024, 2025, 2026 a gente consiga manter a SAF equilibrada, manter o planejamento, fazer pagamento aos bancos, aos agentes, aos clubes, tentando evitar processo na Fifa, evitando taxa de juros, e o mais importante, durante esse período, a gente vai conseguir manter a folha de futebol competitiva, que é na casa de R$ 200 milhões - explicou Bruno Muzzi.
O gestor também comentou como o novo Atlético SAF vai gerenciar a folha de pagamento do elenco, colocando um limite orçamentário entre 30% e 42% da receita do clube, com o valor ficando em torno de R$ 40 milhões por ano.
Divisão da Galo Holding
A Galo Holding será formada por um grupo de empresários que vão comprar 75% da SAF do Galo. Eles dividirão os valores da seguinte forma:
- 78%, cerca de R$ 713 milhões, vindos dos mecenas do Galo, os 4Rs (Rubens Menin, Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador).
- Dois fundos de investidores, cada um com 11% e aporte de R$ 100 milhões. Um desses dois fundos já está assegurado, com um investidor certo. O segundo fundo, formado por grupo de empresários atleticanos, ainda está em processo de captação.
Como será o comando da SAF?
A diretoria executiva da SAF do Galo será escolhida por um conselho formado por sete membros: são dois indicados pelo grupo atual de conselheiros do clube e mais cinco vindos da Galo Holding.
De acordo com Bruno Muzzi, ainda está sendo discutido se a SAF terá dois CEOs, um que ficaria responsável pelas questões executivas e outro pelo futebol.