Dudamel diz que não foi surpreendido pelo Unión, mas não explica o baixo futebol do Atlético-MG na Argentina
Em sua coletiva, o treinador da equipe alvinegra pediu que o time desperte sua força competitiva e espera uma reação o jogo de volta, em Belo Horizonte
O Atlético-MG fez um jogo para se esquecer na derrota por 3 a 0 para o Unión Santa Fé, pelo jogo de ida da primeira fase da Copa Sul-Americana. Com esse placar elástico , o time brasileiro terá de golear os argentinos para conseguir seguir na competição internacional. O Galo terá de marcar pelo menos quatro gols para se classificar de forma direta à próxima fase. Se fizer 3 a 0, a vaga será definida nos pênaltis.
E, para tentar explicar a noite fracassada em campo, o técnico Dudamel se “enrolou” pois não conseguiu citar diretamente quais foram as principais falhas do time, que não funcionou bem em nenhum setor, tendo pior desempenho a defesa, que foi lenta e envolvida pelo Unión. Ele preferiu focar em um discurso motivacional, de que o orgulho do time foi ferido e que irão se erguer.
-Não fui surpreendido pelo Unión e seu modo de jogar. Estou seguro que isso (a derrota) irá nos ferir no orgulho e nos fará despertar para que a qualidade individual e coletiva se transforme em mais caráter e ambição-disse o treinador, que seguiu na mesma linha quando questionado sobre o que pode ser feito para mudar a história da classificação no jogo de volta.
-A gente deve seguir fortalecendo nossa equipe com mais caráter, caráter de equipe ganhadora. Sei onde estou e sei do trabalho que tenho adiante. Não será fácil a volta, mas não nos daremos por vencidos - afirmou.
Dudamel não quis expor o time individualmente, tentando demonstrar que a equipe poderá melhorar nos próximos dias,antes da volta.
-Dos erros, eu trato com os jogadores no vestiário, não falo dos erros publicamente. Hoje, sensivelmente, não fizemos um jogo correto, com a intensidade que requer a competição internacional. Não é fácil construir essa equipe. Não é só com talento, precisamos de outros fatores. Mas sei onde estou, sei o que temos que construir. Ao Unión, felicito, porque eles jogaram como eu esperava.
Por fim, o treinador disse que sabe da pressão que receberá, mas está confiante no trabalho, mesmo sabendo que os resultados são “inimigos dos técnicos”.
-No Brasil, na Argentina, em todas as partes do mundo, os resultados são os inimigos do treinador. Isso é normal. Tenho cinco partidas no Atlético, duas vitórias, dois empates e uma dura derrota na primeira saída internacional. Mas minhas convicções não me permitem trabalhar diante da sombra da inseguridade. Sei onde estou, sei dos jogadores que eu tenho, mas é preciso que haja consciência de todos-concluiu.