Mattos fala da necessidade dos clubes em contar com parceiros fortes para a montagem dos elencos

O Atlético-MG está vivendo um período de mudanças e sua ousadia recente no mercado com a contratação de Jorge Sampaoli e do diretor de futebol Alexandre Mattos, mostram que há um projeto ambicioso no clube. Todavia, para que o projeto do Galo tenha chances de ser vencedor, vai depender de um investimento financeiro alto.

Neste momento entra a força dos parceiros do Galo, que conta com patrocinadores fortes, como a construtora MRV e o banco BMG. As empresas apostaram forte na dupla Sampaoli e Mattos, bancando pates dos vencimentos de ambos profissionais.

Segundo o diretor de futebol, Mattos ter parceiros fortes no clube gera uma relação benéfica para todos os envolvidos, fortalecendo o Atlético.

- É uma relação benéfica. Todos os clubes deveriam ter grandes patrocinadores. Lembrando que na chegada ao Palmeiras ainda não tinha patrocinador e estava com dificuldade financeira enorme. Havia uma dívida enorme com o ex-presidente, de mais de R$ 200 milhões, a qual pagamos em 2017. Acho que o nosso crédito de mostrar o projeto e aquilo que a gente deseja fez o patrocinador ir para o Palmeiras - disse.

Mattos reforçou que os times precisam ter um aporte extra com patrocínios para poder fazer elencos fortes, com investimentos mais robustos e atingir metas de títulos.

- Obviamente, isso só nos ajuda de acordo com aquilo que a gente pode. O que quero dizer? Se você tem a condição de comprar um atleta e pagar por ele um valor x, você pode fazer. Não estamos numa empresa com fins lucrativos, e sim para montar e fazer a gestão de futebol de acordo com os recursos. O patrocinador ou investidor pode auxiliar bastante, e as coisas são bem definidas antes. Não há problema algum, é uma situação bem forte no mundo. As grandes equipes têm investidores e patrocinadores. Então, o Atlético só tende a ganhar. Claro, com muito pé no chão, pois não podemos fazer nada além do possível - comentou.

Alexandre Mattos acertou com o Galo até 2021 após não conseguir o visto de trabalho na Inglaterra para ser o manager do Reading, clube da segunda divisão inglesa. No início de 2020, o dirigente esteve rapidamente no Cruzeiro, mas ele não seguiu na Raposa pelo projeto inglês. Entretanto, acabou voltando ao futebol mineiro para comandar o futebol do alvinegro.