Presidente do Atlético-MG sinaliza caminho por consenso com a Libra: ‘Mesmo lado da mesa’
Sérgio Coelho criticou os critérios de engajamento adotados e pediu maior diálogo para resolver essa parte; Galo não está de nenhum dos lados
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Adotando uma postura mais mediadora, o Atlético-MG esteve presente na reunião desta sexta-feira entre 25 clubes para avançar nas conversas da futura negociação com os integrantes da Libra. Sérgio Coelho, presidente do Galo, afirmou que já houve uma conversa com Julio Casares, mandatário do São Paulo, sinalizando em um meio-termo na divisão das receitas.
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Na primeira proposta da Libra, o número era 40% da igualmente entre todos, 30% por performance e 30% por engajamento, critério que tem gerado debate. O outro grupo sugeria 50% igual, 25% e 25% nos outros dois critérios. Os números atuais estão em 45% para as equipes, além de 30% para os resultados esportivos e 25% no engajamento.
- É a parte da divisão de recursos no que se toca principalmente o engajamento que gera discordância. Em uma conversa eu, Alessandro (Barcellos), do Internacional, e o Julio Casares, do São Paulo, avançamos nessa divisão. A proposta que eles têm e faz parte do anexo um da formação da Liga tinha os critérios de engajamento. Agora vamos sentar para discutir isso com eles. Entendemos que agora estamos sentados do mesmo lado da mesa - afirmou.
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O entendimento geral é de que o critério de engajamento é subjetivo. Na Libra, ele engloba média de público no estádio, base de assinantes de pay-per-view, número de seguidores e engajamento em redes sociais, audiência na televisão aberta e tamanho da torcida.
- Não é nem contraproposta. Ele já abriu o espaço para que a gente discuta junto esses critérios. Já avançou o percentual do lado de lá. Primeiro vamos tentar acertar com eles para depois divulgar, mas já deu uma caminhada grande. Um dos pontos importantíssimos são os critérios do engajamento. Temos que sentar, discutir para ter uma divisão equilibrada onde os clubes ganham por meritocracia, mas sem ser uma disparidade com aqueles que tem menos torcida. Não tem data, vou ligar para o Casares para marcar - disse o presidente.
Sérgio Coelho preferiu não falar as porcentagens exatas que ficaram acordadas de 45% igualitários, 30% de performance e outros 25% por engajamento, mas pregou mais igualdade e união entre os clubes. Assim como os outros mandatários, ele entende que a formação de uma liga é interesse de todos.
- Tem quarenta e poucos por cento igual, próximo de 30% na divisão por performance. O que dá o desequilíbrio é o engajamento. Se negociar de forma equilibrada, não tem a disparidade. Estamos querendo ajudar na união de todos os clubes. O que queremos é que essa liga saia. Não tem ninguém contra o outro, estamos todos juntos. Só haverá liga se todos estiverem juntos e nossa energia tem que estar focada na criação da liga.
As empresas Live Mode e Alvarez & Marsal foram nomeadas pelo grupo de clubes como consultores e participam das conversas. O dirigente do Atlético-MG explicou que não há contratos firmados.
- Não fizemos nenhum contrato. Estão nos ajudando com a consultoria. Depois vamos sentar com eles, ver quem serão nossos consultores dentro da própria liga. Então não tem isso de contrato formalizado - finalizou.
Ainda não há uma data para nova reunião, mas a expectativa é que aconteça ainda nesta semana ou na outra. Para isso, foi formada uma comissão com América-MG, Atlético-MG, Fortaleza, Fluminense e Inter, além de um representante da Associação Nacional de Clubes de Futebol (ANCF), que representa um bloco de equipes da Série B.
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