Presidente do STJ brinca com caso Fred revelando-se cruzeirense
O ministro João Otávio de Noronha não será o responsável pela ação movida pelo Atlético-MG que pede para que seja decidido quem irá resolver sobre a disputa com o jogador: O CNRD ou a Justiça do Trabalho
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O Atlético-MG deve estar “aliviado” por não ter um julgamento parcial na ação que move contra o atacante do Cruzeiro, Fred, na cobrança sobre a multa de R$ 10 milhões que o alvinegro cobra do jogador.
“Aliviado”, pois o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, comentou sobre o caso e revelou que não será o responsável pelo julgamento do processo, brincando com o fato de ser torcedor do Cruzeiro.
-Não posso adiantar julgamento, primeiro porque não sou eu que vou julgar esse caso. São colegas. Mas se eu tivesse que decidir, lembre-se que sou cruzeirense (risos)- disse o ministro em entrevista à Rádio Itatiaia.
O presidente da segunda corte mais importante do país é natural de Três Corações e se formou em Direito na Faculdade de Direito do Sul de Minas. Ele está como ministro do STJ desde 2002 e ocupa a presidência desde agosto do ano passado.
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O Galo pede que o STJ decida quem terá competência para decidir a peleja: a Câmara Nacional de Resoluções de Disputas(CNRD), órgão criado pela CBF para solucionar confrontos entre os seus filiados, ou a Justiça do Trabalho. O alvinegro tende a preferir no CNRD, pois obteve ganho de causa na câmara para que Fred pague os 10 milhões.
Entenda o caso
A disputa judicial entre Galo e Raposa começou no fim de 2017, quando Fred acertou sua ida para o Cruzeiro, depois de jogar pelo Atlético-MG. O atacante assinou contrato com o time celeste no dia 22 de dezembro de 2017 e o alvinegro impôs uma condição para ele deixar o clube e ir para o rival: pagar uma multa de R$ 10 milhões.
Fred se resguardou de ser cobrado pelo alto valor. Ele comunicou sobre a multa ao Cruzeiro e disse que só assinaria contrato se o clube celeste assumisse a dívida. Com essa garantia, o atacante se isentou da multa, deixando o problema para o clube celeste. Atleta e representantes da Raposa aceitaram o acordo.
O Cruzeiro se recusou a pagar a multa imediatamente e o Galo entrou com a ação na no CNRD no início de 2018 para tentar receber o valor. No fim do ano a CNRD deu ganho ao time alvinegro, que reforçou sua decisão mais uma vez.
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