O duelo contra o Fluminense, no domingo, no Estádio Nilton Santos, será a reestreia de Levir Culpi no comando do Atlético-MG. Após ser anunciado na quarta-feira, 17, à noite, o treinado foi apresentado na quinta-feira, 18, e já trabalhou com a equipe nesta sexta-feira, visando o jogo com os cariocas.
A velocidade com que as coisas aconteceram não deixaram tempo para Levir se inteirar muito do atual momento do clube e principalmente dos jogadores que comandará. Ele foi honesto em sua primeira entrevista coletiva no retorno ao Atlético-MG, dizendo que conhece muito pouco o atual elenco alvinegro.
- Eu, na verdade, tenho pouco conhecimento. Assisti a poucas partidas do Atlético-MG. Tenho pouco conhecimento do elenco. Quero conhecê-los nos treinamentos e também nos jogos para ter a minha visão da capacidade deles, inclusive para definir plano tático. Não tem plano tático definido antes de vê-los. Às vezes, as coisas acontecem naturalmente. Quero observá-los primeiro para depois tomar uma decisão tática de escalação, disse.
Levir Culpi afirmou que vai ser o mais simples possível na implantação de um sistema de jogo para a equipe, mesmo faltando apenas 9 jogos no ano.
- A ideia para o time é fazer um sistema mais simples: o 10-10. Ou seja: dez atacam e dez defendem, brincou Levir.
Sobre os seus métodos, Levir disse também que vai implementar aos poucos, pois ainda precisa entender como cada jogador reage ao seu estilo de comando.
- É uma coisa engraçada, porque alguns times reagem de maneira diferente sob alguns comandos. Então, eu quero conhecer alguns jogadores. Ainda temos um período de dez jogos aproximadamente. Nesse período, vou ter oportunidade de definir e conhecer melhor os jogadores. Para conhecer um jogador, é necessário que você tenha um bom ambiente também no clube. Se você não proporciona um bom ambiente aos jogadores, você não tira nada deles, concluiu.
Negociação para voltar
Perguntado sobre como foi as tratativas para retornar ao clube, Levir Culpi não viu problemas em negociar enquanto outro técnico estava trabalhando.
- Sabe quantas vezes eu fui demitido, enquanto os dirigentes conversam com outros técnicos? Várias. Se colocar no lugar do Thiago. Claro que ele vai ficar chateado. Pra mim chegou que ele seria demitido e eu contratado. Então, essa é a situação. Tem de ver antes se o profissional pode assumir, por isso se negocia mesmo com alguém no cargo, quando se tem a intenção de demitir, explicou Levir.