Análise: o Botafogo de Chamusca já poderia (e deveria) mostrar mais
Alvinegro teve mais uma atuação de altos e baixos e, cinco meses após a contratação, o treinador continua sem dar sinais de uma clara evolução na equipe
Marcelo Chamusca foi anunciado como treinador do Botafogo no dia 10 de fevereiro. Praticamente cinco depois no cargo, o técnico não dá sinais claros de evolução na equipe. Este foi, mais uma vez, o sentimento que o Alvinegro deixou neste sábado, diante do empate em 3 a 3 com o Cruzeiro, pela 11ª rodada da Série B, no Estádio Nilton Santos.
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Sim, o calendário do futebol brasileiro dificulta para qualquer treinador em colocar questões táticas e técnicas em prática. Mesmo assim, quase 140 dias depois, Chamusca não dá sinais que o time sairá do atual lugar que está.
Diante do Cruzeiro, velhas falhas voltaram a atormentar a equipe: a Raposa, apesar de não ter feito um gol neste sentido, assustou demais o Botafogo por meio das cobranças de escanteio. No primeiro tempo, praticamente todos os ataques da equipe mineira saíram no lado direito, com a dupla Marcinho e Bruno José.
Guilherme Santos, lateral do setor, sofreu com as investidas do Cruzeiro desde o primeiro tempo. Bruno José, ponta da Raposa daquele lado, tinha o "reforço" de Marcinho, que saía do meio para aparecer por ali. O camisa 88 teve falhas de posicionamento desde os instantes iniciais do duelo.
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Marcelo Chamusca resolveu não reforçar a marcação no setor - as demoras para fazer alterações aparecem como uma tônica do treinador. Não deu outra: o gol de empate do Cruzeiro nasce justamente na dobradinha Marcinho mais Bruno José no lado direito.
A equipe, mesmo jogando mal, correu atrás do placar e de um empate que é dos males, o menor. Com uma pífia campanha fora de casa, não vencer no Estádio Nilton Santos foi prejudicial ao Botafogo, que se afasta ainda mais do G4 da Série B.