Botafogo é inofensivo contra o Cuiabá e vai passar sufoco enquanto não se adaptar às dificuldades
Três zagueiros são inoperantes contra esquema de falso nove, Botafogo perde meio-campo e pouco cria contra o Cuiabá; Luís Castro precisa se adaptar
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A pior maneira de perder é merecer perder. O Botafogo foi derrotado pelo Cuiabá neste domingo e em nenhum momento deu sinais de que poderia correr atrás de um resultado positivo. O placar mostrou algo que vem acontecendo com frequência: inoperantes atuações geradas pela falta de adaptação ao cenário das partidas.
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Luís Castro optou por uma formação de três zagueiros contra uma equipe que estava com um falso nove, sem uma referência de fazer pivô ou buscar jogo físico no ataque. O Cuiabá também pouco explorou o jogo aéreo, as jogadas eram mais por movimentações, passes em profundidade e jogadas de velocidade pelo lado.
A formação do Alvinegro foi, portanto, o cenário perfeito para o estilo de jogo que o Dourado queria. Sem uma referência, os jogadores se movimentavam ao redor da área, não tinham posição fixa e o meio-campo do Botafogo - apenas com dois jogadores - não davam conta de cuidar de todo mundo.
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O lance do primeiro gol é o exemplo perfeito. Cuesta, ao tentar sair jogando, viu à frente dois jogadores do Botafogo disponíveis para receber um passe e cinco adversários do Cuiabá fechando o espaço e pressionando. O Dourado ocupou mais o meio-campo porque tinha mais gente no setor, já que o Glorioso "perdeu" um homem a mais na zaga.
A questão é que Luís Castro não se adaptou ao que jogo pediu. A demora para fazer substituição ou até mesmo fazer uma mudança dentro do próprio jogo - colocar Cuesta na lateral e adiantar Hugo, por exemplo - foi prejudicial. O português 'morreu' com as próprias convicções e afundou o Botafogo na cova.
A adaptabilidade tem sido um problema. O esquema com três defensores deu certo na vitória sobre o São Paulo, um time que explora - e muito - as jogadas de bola aérea. O cenário do jogo deste domingo era o contrário: o Cuiabá pouco fez pelo alto.
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Enquanto reforços ainda não chegam e muitos dos jogadores ainda estão machucados, Luís Castro precisa se adaptar e criar cenários com o que tem. Sentar e tentar abraçar o mundo com braços curtos não vai dar certo e as atuações recentes provam isso. A partida contra o Bragantino, apesar da vitória, também foi com um desempenho pouco agradável.
O Botafogo é inoperante, mas porque tenta fixar um estilo de jogo que simplesmente não pode exercer neste momento. É hora de matar ou morrer: nesta quinta-feira, a decisão é por uma vaga nas quartas de final da Copa do Brasil, contra o América-MG. O Alvinegro perdeu o primeiro jogo por 3 a 0 e precisa de uma virada histórica.
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