Botafogo retorna a Brasília em ano simbólico para o Estádio Mané Garrincha
Palco do confronto com o Boavista neste domingo (5), às 16h, pela Taça Guanabara, completa 40 anos desde que ganhou nome do eterno ídolo do Glorioso e da Seleção
- Matéria
- Mais Notícias
Palco do confronto entre Boavista e Botafogo neste domingo, às 16h o Mané Garrincha guarda uma lembrança muito significativa neste 2023. Há 40 anos, o estádio de Brasília passava a ostentar o nome do "Craque das Pernas Tortas", que fez história no Glorioso e na Seleção Brasileira.
O LANCE! apurou que dias após a confirmação da morte de Garrincha (ocorrida em 20 de janeiro de 1983), a Associação Brasiliense de Cronistas Desportivos (ABCD) se mobilizou para fazer a homenagem no estádio. Quem estava à frente desta iniciativa era o jornalista Jorge Martins, presidente da Associação e torcedor do Botafogo.
Relacionadas
LEMBRANÇA DO MANÉ EM PLANALTINA
Anteriormente, o governador José Ornellas tinha outra homenagem ao camisa 7. O Estádio Adonir Guimarães, em Planaltina, recebera uma placa com o nome de "Mané Garrincha".
A solenidade era uma forma de recordar o último momento de Garrincha em campo. No dia 25 de dezembro de 1982, o craque, a convite de Manuelzinho, presidente da AGAP-DF (Associação de Garantia ao Atleta Profissional) reforçou a seleção da AGAP-DF em um amistoso contra o Londrina, clube amador da região de Planaltina.
Garrincha jogou por cerca de 60 minutos, mas, nas duas chances que teve, esbarrou no goleiro Paulo Victor (que, mais tarde, se consagrou no Fluminense). A lembrança da vitória por 1 a 0 naquele Natal também fez com que a sala da AGAP ganhasse o nome de Mané Garrincha.
CAMPANHA POR ESTÁDIO MANÉ GARRINCHA
O desejo de reverenciar Garrincha ficou ainda mais ampliado em Brasília. De acordo com reportagem do "Correio Braziliense", no dia 24 de janeiro de 1983 ocorreu na sede da AGAP a reunião da Associação Brasiliense de Cronistas Desportivos (ABCD) para aprovar a ideia de mudança do nome do Estádio de Brasília e enviá-la ao governador José Ornellas. A justificativa ganhou destaque na imprensa:
"(...) como homenagem póstuma dos brasilienses àquele que foi, inegavelmente, o principal artífice pelas conquistas das Copas de 58 e 62, com ou sem Pelé".
A campanha ganhou espaço na imprensa e chamou atenção das autoridades. O chefe de Gabinete do governo, Jorge Jardim, declarou ao "Correio Braziliense" no dia 29 de janeiro que o governador Jorge Ornellas estava a par da manifestação da Associação Brasiliense de Cronistas Desportivos.
- O governador vai estudar assim que receber o documento - disse Jardim.
Em seguida, o chefe de Gabinete do governo destacou.
- Tenho certeza de que o caso não é muito difícil principalmente porque Garrincha fez seu último jogo aqui no Distrito Federal, láem Planaltina. E o estádio de Brasília seria uma homenagem dos brasilienses pelo tanto que ele fez pelo futebol em nosso país - afirmou Jorge Jardim, à época, ao "Correio Braziliense".
Rapidamente, a mudança de nome foi sancionada pelo governador. A partida que inaugurou o Mané Garrincha foi realizada em 15 de dezembro de 1983. Sob o comando de Carlos Alberto Parreira, a Seleção Brasileira de Novos (denominação utilizada na época), levou como Acácio, Jorginho, Berg, Alemão e Geraldo Touro venceu por 2 a 1 a Seleção do Distrito Federal.
Marcus Vinícius, então no Atlético-MG, e Chicão, à época na Ponte Preta, marcaram os gols da equipe canarinha. Péricles diminuiu para os brasilienses.
Há 40 anos com o nome de Mané Garrincha, o estádio de Brasília abre suas portas para o Botafogo.
Sob o comando de Luís Castro, o Alvinegro tenta mostrar que está em um rumo promissor para ter novos ares no futebol. No entanto, os botafoguenses sentem que suas raízes seguem cada vez mais fortes a cada momento que o nome de Mané Garrincha ecoa entre os torcedores.
Mais lidas
Newsletter do Lance!
O melhor do esporte na sua manhã!- Matéria
- Mais Notícias