Ao L!, Caio Alexandre fala sobre renovação com o Botafogo: ‘Sem a pandemia, já estaria resolvido’
Em entrevista exclusiva, volante de 21 anos revelado na base do Glorioso afirmou estar próximo de acerto com o clube e contou sobre o sonho de chegar à Seleção Brasileira
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Revelado na base do Botafogo, o meia Caio Alexandre iniciou o ano com o status de promessa e chegou à pausa do futebol pela pandemia do coronavírus como um dos destaques da equipe. O desempenho do jogador de 21 anos agradou o técnico Paulo Autuori e a diretoria do Glorioso já se mobilizava para acertar a renovação do contrato, com fim previsto para dezembro. Em entrevista exclusiva ao LANCE!, o volante falou sobre o assunto e mostrou que revelou que o acerto depende apenas de detalhes.
– O Botafogo já me procurou sim. As conversas já estão bem encaminhadas. A pandemia travou as negociações porque não temos como estar no clube e resolver a parte burocrática, mas as conversas estão adiantadas, ambas as partes já se entenderam. Assim que as coisas forem normalizadas, vamos realizar os últimos trâmites para renovar. Se não fosse isso, já estaria resolvido.
Em 2020, o camisa 5 do Glorioso soma oito partidas, seis como titular, em um total de 494 minutos em campo. Até a suspensão das atividades, era o jogador de linha do time com mais lançamentos longos. Ao todo foram 37 passes de longa distância, alguns dos quais ajudaram na construção de vitórias. A habilidade de deixar os companheiros em boas condições vem desde os tempos da base.
Entre outros temas, Caio Alexandre falou também sobre os conselhos que vem recebendo do técnico Paulo Autuori, da relação com os companheiros de elenco e dos sonhos dentro e fora de campo.
– Sonho em conquistar títulos pelo Botafogo e em chegar à Seleção Brasileira. Estou no início de carreira então tenho que sonhar alto. Fora de campo, sonho também em dar uma casa para a minha mãe, é uma das minhas principais metas – revelou.
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Confira outros temas da entrevista com Caio Alexandre:
Rotina durante o período de isolamento social:
É muito ruim ficar sem jogar bola, ainda mais para quem está acostumado a fazer isso todos os dias. Ficar inativo é ruim, mas creio que isso vai passar. Venho mantendo a forma em casa, com os treinos caseiros. Procuro me cuidar para quando tudo voltar ao normal estar bem condicionado. A cabeça fica a mil, mas entendemos a situação que o país e o mundo estão vivendo. É uma situação muito grave, temos que nos cuidar cada vez mais e proteger os que estão próximos de nós. Torço para que isso passe o mais rápido possível.
Especialista em bolas longas:
Sempre tive isso como característica, desde o meu início na base. Busco sempre jogar olhando para frente. Gosto de colocar meus companheiros em condições de finalização e de criar jogadas ofensivas. Desde a base atuo assim, para facilitar a saída de bola, procurando achar os atacantes e deixá-los em boas condições de fazer gols.
Balanço do desempenho até a pausa:
Faço um balanço muito positivo. Foi um começo de ano muito bom para mim. Desde o início da temporada venho tendo oportunidades e isso vem sendo muito importante para meu desenvolvimento. Estava me dedicando ao máximo e conseguindo aproveitá-las. Espero manter isso no retorno e ter um grande ano com o Botafogo.
Relação com a torcida:
Tem sido uma relação muito boa. Acho que quando nos dedicamos, nos entregamos e mostramos muita garra e amor pela camisa, o reconhecimento e o carinho do torcedor se tornam naturais. O importante é estar bem para ajudar o Botafogo, o clube que a gente defende. Mantenho os pés no chão e muita humildade para buscar os meus objetivos, aos poucos. As coisas boas se alcançam dessa forma.
Gratidão a Barroca e Valentim:
Foi muito bom trabalhar com cada um deles. Com o Barroca trabalhei na base, já nos conhecíamos. Foi ele o responsável por me promover ao time profissional, então sou muito grato, aprendi muito, assim como com o Alberto Valentim que me deu as primeiras oportunidades.
Conselhos de Paulo Autuori:
O professor Autuori é um grande treinador, um cara muito inteligente e vencedor no futebol. Sinto que vou aprender muito nessa convivência com ele. Como sou novo, ele sempre conversa muito comigo, sempre busca me passar algo da experiência dele para mim. Escuto sempre os conselhos que ele me dá, pois sei que ele quer o meu bem. Acredito que ele vai me ajudar muito a ir bem na temporada.
Relação com o elenco:
Nosso grupo é muito unido, são todos muito parceiros uns dos outros. Tenho como amigos mais próximos o Kanu e o Marcelo Benevenuto. Nós três estamos sempre juntos. Brinco muito também com o Pedro Raúl e com o Bruno Nazário. Temos uma relação muito boa. Esse ambiente é de suma importância para que a gente possa alcançar grandes objetivos.
Inspiração em Honda:
O Honda é um cara muito inteligente, está sempre aberto a brincadeiras. Ele sempre tenta falar um pouquinho de português e já está aprendendo bem rápido. Ele brinca muito com a gente pelo fato de não falarmos inglês, como ele sabe falar português. Sempre brinco e digo que falo um inglês melhor que o dele. Ele dá essa liberdade, mas é uma referência para todos nós. Tenho certeza que vamos aprender muito com ele. Ter alguém com a grandeza do Honda no elenco é muito bom. Ele jogou na Europa, jogou Copa do Mundo. A gente brinca que jogava com ele no vídeo game e hoje em dia estamos atuando juntos. Para mim, particularmente, que sou mais novo, tudo está sendo novidade. Quero extrair o máximo de coisas boas possíveis, aprender com ele e, quem sabe, me tornar um grande jogador como ele é.
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