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Reprise de decisões faz torcedores comemorarem títulos anos depois; dirigentes explicam ideia

Perfil dos clubes nas redes, como Botafogo e Galo, vibraram 'ao vivo' com jogos históricos na televisão. Membro da CBF explicou celebração da Copa do Mundo de 1994 após 25 anos

Montagem - Fora de Campo
imagem cameraÉ TETRA! Reprises fazem Copa do Mundo de 1994 e Carioca de 2010 serem comemorados anos depois (Foto: Divulgação/Reprodução)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 03/04/2020
15:06
Atualizado em 03/04/2020
16:32

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Com a parada do futebol por conta da pandemia do coronavírus, a solução dos  clubes foi pensar em maneiras de se comunicar com os torcedores. A principal delas: redes sociais. A exibição de jogos históricos está sendo febre entre os internautas, que estão acompanhando o "tempo real" das decisões anos depois e curtindo a brincadeira.

Na última semana, Botafogo, Atlético Mineiro, entre outros, resolveram comentar via Twitter os melhores momentos das históricas finais transmitidas pela "Faixa Especial", do "SporTV". E saída encontrada para manter os torcedores com menos abstinência do futebol virou sucesso. Emílio Adam, diretor de comunicação do Glorioso, explicou como surgiu a ideia.

- Sem jogo, começamos a pensar em caminhos alternativos. Quando vimos o jogo memorável do Botafogo 2X1 Flamengo, notamos uma mobilização muito grande da torcida. O Danilo Santos (coordenador de comunicação) falou com o Fernando Morani (assessor de mídias): "E se fizéssemos em tempo real?" - lembrou, e continuou:

- Anunciamos a escalação e o jogo. Encomendamos artes para a Louise Xavier (criação de conteúdos digitais) e resolvemos fazer como se fosse naquele momento.

Além do confronto pelo Estadual de 2010, finais memoráveis como Vasco e São Caetano pela Copa Havelange, em 2000, e as decisões da Copa Libertadores com Flamengo (2019) e Atlético Mineiro (2013) também foram revividas. No caso do clube mineiro, toda a festa no pré-jogo foi postada e os principais lances do duelo foram comentados "ao vivo" nas redes.

Algo parecido aconteceu com o Alvinegro carioca. Contudo, Emílio Adam reforçou que todas as postagens foram combinadas internamente e não foi usado como base a festa dos mineiros.

- Foi simplesmente um jogo histórico e decidimos nos organizar para isso. Não deu um movimento como dia de jogo, mas, nesta época, estamos buscando alternativas para rede social e "Botafogo TV" - comentou o membro da comunicação do clube.

Outro importante perfil que resolveu brincar com os internautas foi o da Confederação Brasileira de Futebol. No último sábado, a reprise da final entre Brasil e Itália na Copa do Mundo de 1998 rendeu um post no Instagram da Confederação anunciando o tetracampeonato.

Segundo Fernando Torres, gerente de comunicações da CBF, a organização das mídias da Confederação seguem com os pilares de "entretenimento", "referência no futebol" e "ressaltar a história do futebol brasileiro".

- Não é um aniversário da conquista, mas foi criada uma efeméride com a transmissão. Embarcamos, para divulgar, e para lembrar à essa geração que consome o futebol agora que não acompanhou o tetra. Puderam lembrar porquê somos a seleção com o maior número de títulos mundiais do planeta.

O engajamento com as postagens também foi diferente. Entre comentários saudosistas e falas de torcedores que sonham em ver o hexacampeonato da Seleção, foram geradas cerca de 700 mi de visualizações, em 12 postagens via Instagram. Para Fernando, o número é "interessante" para um período sem competições esportivas.

Para o especialista em mídias sociais e mestre em "Novas Tecnologias Digitais na Educação" Gilberto Garcia, é fundamental que os gerenciadores dos perfis acompanhem o que tem acontecido com seu público, como aconteceu neste caso. O professor ainda lembrou que o "público produz conteúdo".

- Algumas marcas, produtos e serviços, quando querem conversar com os consumidores, precisam atender o propósito do consumidor sem deixar de lado o seu propósito. Engajar depende da imagem e da reputação que a marca tem diante dos consumidores - finalizou ele.

* sob supervisão de Tadeu Rocha

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