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Chama a base! Garotos do Botafogo aproveitam chance contra Palmeiras e tornam equipe mais competitiva

Entradas de jovens atletas dão nova cara ao Alvinegro, que sofreu com problemas antigos diante do Palmeiras, mas também mostrou qualidades há muito tempo não vistas

Rafael Navarro e Matheus Nascimento - Botafogo
Matheus Nascimento e Rafael Navarro foram as lideranças do Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)

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Diante de punições por atrasos a treinamentos, lesões e problemas envolvendo cláusulas contratuais, todos os caminhos indicavam que o Botafogo entraria recheado de garotos diante do Palmeiras. Foi o que aconteceu. Na última terça-feira, os jovens de General Severiano foram o grande destaque do empate em 1 a 1, no Allianz Parque, válido pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Sousa, Romildo, Matheus Nascimento, Rafael Navarro e Cesinha - este não criado nas categorias de base do Botafogo, mas contratado junto ao Internacional. Nomes que marcaram a inédita escalação do Botafogo para enfrentar o Palmeiras. Com dez minutos de jogo, ainda, o jovem Hugo entrou no lugar de Rafael Forster, lesionado.

O time, formado por garotos, cometeu erros que vinham acontecendo nas últimas semanas - o que era provável que aconteceria, pelo sistema de jogo. Por outro lado, as mudanças deram um novo espírito dentro de campo: com correria, o Alvinegro, que há muito tempo não competia, voltou a incomodar um adversário.

A equipe ainda sofre com as bolas que são alçadas de forma diagonal para a lateral da grande área. Os laterais têm dificuldade para cobrir esses lançamentos, que geralmente atravessam o campo de um lado para o outro. A bola aérea - a forma como o Palmeiras abriu o placar, inclusive - continua sendo uma dor de cabeça para Eduardo Barroca.

No ataque, o time ainda teve dificuldade para colocar a bola no chão e criar oportunidades de gol - por mais que isto tenha acontecido mais do que em outras partidas. O meio-campo, formado por José Welison, Romildo e Caio Alexandre, foi o ponto negativo da partida, com pouca associação e participação efetiva nas jogadas.

Grande parte dos ataques promissores do Botafogo eram liderados por Matheus Nascimento. Aos 16 anos, o camisa 39 chamou a responsabilidade e apareceu em várias faixas do campo em busca de espaço. Quando não achava, tentava roubar a bola, como no lance do gol de Rafael Navarro: o atacante desarmou Lucas Lima e encontrou o companheiro, que acertou um chute de rara felicidade do meio-campo.

O Botafogo cometeu erros antigos, mas os garotos mostraram uma faceta que há muito tempo o Alvinegro não mostrava: a de competir e de incomodar o adversário dentro de campo. Virtualmente rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro, pode ser a hora de dar cada vez mais espaço para quem mostra vontade de estar em campo.

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