Cícero é testado de zagueiro em treino do Botafogo
Meio-campista de origem foi colocado na linha de defesa em alguns momentos do treino; Alberto Valentim simulou situações de posicionamento em saída de bola em tiros de meta
Alberto Valentim continua testando novas opções dentro de campo aos antigos jogadores do Botafogo. Meio-campista de origem, Cícero foi utilizado como zagueiro em boa parte do treinamento realizado na tarde desta quinta-feira, no centro de treinamento do China Park, na Região Serrana do Espírito Santo.
Foi a segunda vez que o treinador colocou o jogador de 35 anos para atuar na linha defensiva nesta pré-temporada. Na temporada passada, Cícero atuou apenas uma vez como zagueiro: contra o Atlético-MG, no Independência, no segundo jogo das oitavas de final da Copa Sul-Americana.
O treinador enxerga Cícero como uma boa opção entre os zagueiros pela qualidade de passe do meio-campista. Para Valentim, é importante que o Botafogo comece a criar as oportunidades de gol desde o campo defensivo. O comandante, inclusive, focou justamente nestas situações de saída de bola na construção de jogadas desde a participação do goleiro e a rápida chegada ao campo de ataque.
O treinamento foi voltado inteiramente a essas questões: saída de bola desde o goleiro, que geralmente saía tocando a bola para o lado esquerdo - justamente o setor ocupado por Cícero, canhoto - e atuando no meio -, que recuava, formando uma linha de três jogadores à frente do arqueiro. Os laterais avançavam e ficavam na altura dos outros meio-campistas.
Com a bola, Alberto Valentim pedia velocidade e intensidade aos jogadores. O atleta não podia segurar a bola por muito tempo e a intenção era criar uma jogada de tramas rápidas e triangulações entre os meio-campistas, laterais e zagueiros do mesmo setor. Quando o treinador fazia uma simulação de que o Alvinegro estava pressionado pelo suposto adversário, a bola era recuada ao goleiro, que ligava diretamente a Pedro Raul, centroavante.
Ou seja, Alberto Valentim vem treinando duas formas de fazer a transição do campo de defesa para o último terço: tanto pelo chão quanto por ligação direta, aproveitando os pivôs de Pedro Raul. Nas horas de verticalizar a jogada, o técnico tinha duas alternativas: um passe longo, geralmente rasteiro, do lateral para o ponta do mesmo setor e a atração do adversário para um lado, concentrando a bola neste setor, e, do nada, invertendo a bola para o flanco oposto - algo chamado de conceito "terceiro homem" (veja no vídeo abaixo).
Cícero de zagueiro. Jogada inicia de um lado, time troca passes e, do nada, inverte o jogo. Chama-se conceito de “terceiro homem” #lanceBOT pic.twitter.com/UxrKZLsFNQ
— Sergio Santana (@sergiostn_) January 16, 2020
Como os volantes - no caso Cícero e Thiaguinho - se comportam quando a bola é recuada para o goleiro em uma situação de construção. #lanceBOT pic.twitter.com/KVgT2aGRhp
— Sergio Santana (@sergiostn_) January 16, 2020
Valentim treina o posicionamento desde o tiro de meta. Destaque para Cícero, recuando para um terceiro zagueiro, e Hugo, o lateral-esquerdo, com movimentações em diagonal. #lanceBOT pic.twitter.com/KfcKN354V8
— Sergio Santana (@sergiostn_) January 16, 2020
Nessa situação específica, o lateral-esquerdo (Guilherme santos) está sem marcação. Avanço direto entre lateral-ponta. #lanceBOT pic.twitter.com/T7hIRb7EST
— Sergio Santana (@sergiostn_) January 16, 2020
Mais um exemplo: com um passe longo, a bola sai do campo de defesa e já encontra o ponta em projeção de velocidade. #lanceBOT pic.twitter.com/r3CEwJCND3
— Sergio Santana (@sergiostn_) January 16, 2020