Contra o Resende, Botafogo mostra repertório e pressiona – sem a chuva
Quando céu e grama apresentaram boas condições climáticas, o Glorioso dominou o time do sul fluminense e deu apenas uma chance clara ser criada. Time apresenta evolução
É sempre válido ressaltar a diferença técnica para o rival. Se o Botafogo tem problemas, imagine os do Resende. Mas o time de Alberto Valentim mostrou méritos para conseguir vencer um adversário que deu trabalho. Trocando em miúdos, o Glorioso "fez força" para obter os três pontos. Neste caso, foi positivo.
O próprio comandante alvinegro admitiu ter ficado surpreso com a estratégia defensiva da equipe do Sul do estado. Três zagueiros, um jogador à frente, dois alas... mesmo assim, era o time da casa quem mandava.
Dentro do que já vem apresentando de característica, o Botafogo apresentava repertório e, não é exagero, amassava o Resende no primeiro tempo. Pela direita, com Luiz Fernando, pela esquerda, com Luís Henrique. Pedro Raúl fazendo o pivô ou pelo alto. Faltava a melhor jogada, o melhor chute.
Como o futebol não perdoa... o bote infantil e errado de Cícero deixou Geovani sozinho para concluir em gol a única finalização do visitante na primeira etapa, num contra-ataque. Depois, o temporal parou a partida e o final do primeiro tempo reservou apenas cruzamentos improdutivos do Glorioso.
No segundo tempo, quando a chuva parou e o gramado melhorou, aquele domínio visto na primeira meia hora de jogo se repetiu. O gol de empate nasceu e o desgaste se intensificou nas duas equipes pouco depois. E já na base do "abafa", sem o meio-campo demonstrar capacidade criativa mais.
Talvez por isso Valentim tenha optado por um atacante - Rafael Navarro -, e não um outro meio-campista, no lugar do volante Thiaguinho.
A pressão funcionou. O Botafogo não conseguiu jogar contra a chuva. Sem ela, foi feliz.