Desta vez, ‘só’ organização não foi suficiente para o Botafogo
Poderes de criação e de finalização do Alvinegro mostraram-se insuficientes diante do Cruzeiro, neste domingo. Contra rivais fortes, ataque do Glorioso precisa ser melhor
Por mais que Alberto Valentim não goste, há, sim, diferença entre enfrentar os reservas e os titulares do Grêmio. Contra o Sport, o gramado dificultou o andamento da partida. Desta forma, a comparação da atuação do Botafogo contra o Cruzeiro, neste domingo, precisa ser com a do jogo contra o Palmeiras, na primeira rodada do Campeonato Brasileiro.
Diante do time verde, dono de grande poderio técnico, o Glorioso foi bem. Contra a Raposa, também favorita às primeiras posições, faltou qualidade, inspiração e melhor marcação. Foi, simplesmente, uma partida pobre do Alvinegro, que não conseguiu, fora de casa, ter desempenho que justificasse melhor sorte.
Para ser preciso, o primeiro quarto do jogo no Mineirão teve bons momentos por parte dos comandados de Valentim: a chance de Brenner, após erro na saída de bola mandante; houve a cobrança de falta de Valencia, na trave, no mesmo primeiro tempo... mas o Glorioso não foi capaz de ser constante contra um time mais entrosado e mais estrelado.
E a última frase, se não é um elogio, obviamente, também não é demérito. É apenas a constatação de que o organizado Botafogo não parece ter poder de fogo para superar, em dias comuns, um rival superior. E isso são os reforços que poderão transformar.
Quem está voltando do departamento médico, mas já mostrou qualidade, como Luiz Fernando; quem ainda não estreou, como Aguirre; e quem ainda precisa se entrosar, caso de João Pedro. A criação e a finalização do Botafogo necessitam de mais qualidade.