Dirigente do Botafogo explica veto da Conmebol a bandeiras e adereços
Deu polêmica! Márcio Padilha diz que o Bota seguiu regulamento: 'Na cabeça deles, não pode nada que tampe a visão do torcedor e impeça identificação'
O torcedor do Botafogo que havia preparado uma festa com adereços na quarta-feira, para o jogo diante do Audax Italiano-CHI, pela primeira fase da Copa Sul-Americana, saiu na bronca. E o motivo não foi só o frustrante empate em 1 a 1, que, ainda assim, deu a vaga ao Glorioso, mas também o veto da Conmebol a bandeiras e faixas, além de cachecóis.
Na última sexta-feira, o vice-presidente de comunicação do Botafogo, Márcio Padilha, explicou com mais detalhes a situação, bastante contestada nas redes sociais, sobretudo. O dirigente afirma que a entidade alterou determinados artigos do regulamento, há pouco tempo, e o clube não teve respaldo para liberar a festa que a torcida desejaria.
- O regulamentou mudou, passado não é referência para análise da Conmebol, que tira do passado exemplos que são difíceis de dizermos que estão errados. Dizem que por trás de uma bandeira saiu o sinalizou que matou menino na Bolívia. Por causa dessa bandeira não houve a identificação. Na cabeça deles, não pode nada que tampe a visão do torcedor e impeça identificação. Fica margem para interpretação. O Gepe interpretou, e agradeço ao Coronel Silvio pois está preservando o Botafogo, falou que não queria problema para o clube. A decisão dele foi que não entraria nada. Falou que o Botafogo poderia se responsabilizar se quisesse - disse Padilha, à "Rádio Globo", que completou:
- Consultamos os delegados do jogo, Ferj, CBF e Conmebol. Todos foram claros que o regulamento diz que não pode, que o Botafogo só poderia fazer por conta e risco próprios. O delegado argentino disse que o Estudiantes pagou multa de 170 mil dólares ano passado. O Botafogo pode correr esse risco? Não pode. Não vou correr, não tem por quê. . Abortamos o bandeirão, que estava pronto, porque ia tampar a visão por 5 minutos. Bandeira de mão tampa visão? Tampa em algum momento, pode ser usada como capuz. A questão é querer correr risco, eu não quero. Nós tentamos a liberação. A única coisa permitida, respondida por e-mail, foi que instrumentos estavam liberados.
A barração surgiu de última hora, o que deixou os botafoguenses ainda mais revoltados, inclusive de uma bandeirão, confeccionado durante toda uma tarde. Na segunda-feira, o Botafogo deve emitir um ofício à Conembol por mais explicações para melhor conhecimento dos meandros do regulamento.
Confira tópicos do artigo 126:
Alguns detalhes do artigo 126, que, de uma certa forma, emperrou a festa dos botafoguenses com faixas, bandeiras e "tudo que atrapalhe a visão" nas arquibancadas, como um "cachecol" pic.twitter.com/OIh3qFKJ5T
— Lazlo Dalfovo (@lazlodalfovo) 12 de maio de 2018