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Há dois anos, Cícero fazia gol em final de Libertadores como centroavante; agora, jogará de zagueiro

Com apenas Marcelo Benevenuto, Barroca vai optar por entrada de meia na linha defensiva contra o Galo; em 2017, atleta foi fundamental no título continental do Grêmio como '9'

Cícero - Botafogo
imagem cameraCícero atuará ao lado de Marcelo Benevenuto (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 30/07/2019
18:13
Atualizado em 31/07/2019
08:00

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Cícero é conhecido pela polivalência. Experiente no futebol brasileiro, foi comum ver o atleta atuar como atacante, meio-campista e volante durante os clubes que passou durante a carreira. Na próxima quarta-feira, ele terá mais uma posição para colocar no currículo: zagueiro. O Botafogo vai enfrentar o Atlético-MG, pela Sul-Americana, com uma improvisação na linha defensiva.

Este fator se dá por conta dos desfalques do Botafogo para o confronto. O Alvinegro não poderá contar com Carli, expulso no jogo de ida, Gabriel, que pertence ao Atlético-MG, e Kanu, não-regularizado na competição. A única opção restante da lista de inscritos é Marcelo Benevenuto - o que vai obrigar o treinador Eduardo Barroca a improvisar, pelo menos, um jogador.

A comissão técnica do Alvinegro optou pela entrada do camisa 20 por conta da capacidade de jogo aéreo e ser canhoto - desta forma, Marcelo Benevenuto, destro, poderá atuar no lado direito da defesa. O ponto de destaque é que Cícero, há menos de dois anos, entrava em campo em uma competição internacional como centroavante. E era herói.

Cícero atuava pelo Grêmio em 2017. Chegou no segundo semestre da temporada por um pedido de Renato Gaúcho e, apesar de ser contestado pela torcida, entrou em campo na final da Libertadores, contra o Lanús. No jogo de ida, na Arena do Grêmio, o jogador entrou em campo aos 26 minutos da etapa complementar no lugar de Jaílson, para atuar como centroavante.

A mudança fez a diferença, já que Cícero, já na reta final da partida, marcou o gol que decretou a vitória do Grêmio e foi fundamental para o título da equipe, que viria após mais um resultado positivo na Argentina. Meio-campista em boa parte de sua carreira, o atleta foi decisivo como camisa 9.

Grêmio x Lanús
Cícero comemora gol na final da Libertadores (Foto: AFP)

COMO FICA O BOTAFOGO?
​Com o placar adverso de 1 a 0, sofrido na partida de ida, o Botafogo vai entrar no gramado do Independência com Marcelo Benevenuto e Cícero formando a dupla de zagueiros. Dois nomes diferentes dos que costumam atuar no setor e, por consequência, que trazem distintas características, principalmente no quesito da estatura e da ocupação de espaços. 

Desde a chegada de Eduardo Barroca, Cícero vem atuando como primeiro volante. Após partidas irregulares em posições mais avançadas do meio, ele 'se encontrou' à frente da linha de defesa e, desde então, não saiu mais da equipe. Com bom no passe e posicionamento para evitar ataques, soma seguidas atuações de destaque com a camisa alvinegra. Além disto, a capacidade na bola aérea, tanto no ataque quanto na defesa, é outra qualidade.

Marcelo Benevenuto, por sua vez, é um zagueiro marcado pela velocidade e imposição física nos movimentos em campo. Apesar do equívoco no jogo do Rio de Janeiro, o atleta, oriundo das categorias de base do Alvinegro, somou boas atuações em partidas decisivas anteriormente, como, por exemplo, na fase preliminar da Libertadores de 2017.

A inédita dupla de zagueiros vai ser uma das principais novidades de um Botafogo que promete ser mais leve e com mais qualidade no passe desde o campo de defesa. Após a derrota no jogo de ida, o Alvinegro precisa vencer se quiser se classificar às quartas de final da Copa Sul-Americana.

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