Além do desgaste físico típico de final de temporada e das poucas opções para o técnico Jair Ventura, o Botafogo pode ter um 'reforço' para explicar o mau momento - três derrotas e um empate nos últimos quatro jogos: a fase ruim da lateral esquerda. Nos últimos dez gols sofridos (em um total de nove jogos), o setor esteve, em mais ou menos grau, envolvido em seis destes tentos.
A começar pela derrota de 2 a 0 para o Palmeiras, quando Gilson foi titular, pois a diretoria optou por não pagar a multa que deixaria o titular Victor Luis atuar contra o clube ao qual pretende. No primeiro gol, de Dudu, embora tenha saído da direita, ele nasceu de um cruzamento rasteiro da esquerda. O segundo, a pintura de Keno, nasceu após drible do palmeirense no lateral.
Três dias antes do empate sem gols com o São Paulo, no Pacaembu, o Alvinegro perdeu em casa para o Atlético GO, por 2 a 1. No segundo gol, o mesmo Gilson 'cochilou'. Na ocasião, ele atuou, pois Victor recuperava-se de lesão. O outro gol do Dragão foi um belo chute de fora da área, sem falhas individuais.
Falha individual que aconteceu com o goleiro Gatito Fernández na derrota de 1 a 0 para o Atlético PR, em jogada que nasceu na direita. A esquerda saiu isenta dessa, mas não do gol da vitória de 2 a 1 sobre o Sport, fora de casa. Por mais que Arnaldo, da direita, e toda a defesa tenha se atrapalhado no lance, a jogada nasceu ali, na esquerda.
Também foi naquela região do campo que surgiu o segundo gol do Fluminense, na virada no Nilton Santos, e o tento do Corinthians, que diga-se de passagem, contou com ótima jogada individual de Jô, na vitória de 2 a 1, também em casa. A lista dos últimos dez gols conta ainda com o pênalti convertido por Marquinhos no empate em 1 a 1 com o Avaí.
Para a próxima temporada, os ajustes são necessários e provavelmente haverá novas peças: Victor Luis retorna para o Palmeiras e Gilson, que deve ficar, ainda negocia renovação de contrato. O Botafogo ainda conta com o recém promovido Victor Lindenberg, que fará 20 anos ainda em 2017.