Luís Castro exalta postura do Botafogo em vitória e comenta possível saída do clube

Treinador afirma que grupo está fechado após triunfo importante por 1 a 0 contra o Palmeiras

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Tiquinho Soares garantiu mais uma vitória do Botafogo (Foto: Vitor Silva/Botafogo)

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O Botafogo superou o Palmeiras na tarde deste domingo (25), por 1 a 0, no Allianz Parque. Após a vitória, o técnico Luís Castro enalteceu a partida. No entanto, tirou o rótulo de "final antecipada" entre o líder e o até então vice-líder do Brasileirão.

- É mais um jogo que irá fazer parte da história, agora terminou, está fechado e vamos pensar no próximo. Nos entregamos por completo ao jogo, tínhamos uma estratégia definida e os jogadores cumpriram essa estratégia à risca. A vitória valeu três pontos, nunca uma vitória pode ir além disso. Ganhar do Palmeiras é difícil? Sim, é difícil, é uma equipe bem orientada, tem muita qualidade, é o atual campeão, mas não é por isso que a vitória vale mais do que os três pontos - afirmou Luís Castro. E completou analisando a força do adversário.

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Questionado acerca de uma possível saída para o Al-Nassr, da Arábia Saudita, Luís Castro afirmou que ainda tem contrato com o Botafogo. Além disso, se mostrou irritado pelas insinuações sobre um pedido de demissão.

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- Minha situação contratual é aquela que existe desde o primeiro dia em que eu cheguei no Botafogo. Quando vocês (imprensa) pediram para eu sair, eu tinha esse contrato com o Botafogo, de dois anos. Há uma cláusula no contrato que diz que para eu sair um outro clube tem que pagar o que precisa e para me mandarem embora tem que pagar o que falta até o final do ano. É isso. O que eu quero dizer é que ganhamos do Palmeiras por 1 a 0 e ganhamos bem, fomos os justos vencedores - pontuou o treinador português e emendou:

- Nunca esteve na minha cabeça pedir demissão, nem nesse clube nem em qualquer um, porque trabalho de forma muito profissional, nunca coloco meu cargo à disposição. No dia que eu sair de um clube é porque o clube me dispensou. Vocês infelizmente deduzem através das minhas palavras. No meu contrato está previsto minha saída, ou pela administração me mandar embora, ou por eu querer sair.

Vale destacar que em participação na live pós-jogo do “Canal do TF”, o acionista majoritário da SAF alvinegra, John Textor, confirmou que Castro recebeu a proposta do clube saudita. Segundo o empresário, o português tem "uma decisão difícil" para tomar nos próximos dias.

- Eu falei com ele que não iria falar sobre isso até esse jogo (do Palmeiras). Ele tem uma proposta, as pessoas na Arábia Saudita estão tentando controlar o mundo do futebol com dinheiro, é muito tentador. É uma decisão difícil. Ele ama esse clube, sei que ele quer ficar. As pessoas pensam que nós conversamos sobre isso o tempo todo, mas só nos falamos sobre futebol. Ele me falou sobre como ama esse time, o vestiário. Sei que no jornalismo é preciso falar sobre isso o tempo todo. Vamos ver. Ele e eu concordamos em não falar nada sobre isso até o jogo de hoje - disse Textor.

O CRÉDITO DA FOTO É OBRIGATÓRIO: Vítor Silva/Botafogo
Botafogo venceu o Palmeiras no Allianz Parque (Foto: Vitor Silva/Botafogo)

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RESISTÊNCIA AO FUTEBOL ÁRABE
- Eu sou muito pragmático na minha vida, vivo muito o hoje. A solidez da nossa família Botafogo não está só no Luís Castro. O Luís Castro é só uma peça desse quebra-cabeça que todos os dias dá o melhor de si para a construção de um novo Botafogo. Não sei o que vai acontecer daqui para frente, sei que hoje ganhamos bem e é isso. Tudo que vai para além disso é o meu agente que domina.

MENTALIDADE VENCEDORA
- Nós sabemos que a construção dessa mentalidade vencedora demanda tempo porque ela tem que ser transversal ao clube. Não pode ter o treinador e os jogadores e o entorno tem uma mentalidade miserável e de quem está sempre desconfiado das coisas. A confiança e essa mentalidade demora muito a se instalar, felizmente ela vem sendo construída ao longo do tempo. Acho que ainda falta vários departamentos e pessoas ligadas aquilo que é hoje o Botafogo entenderem que é um caminho de sucesso em função do que é o prestígio e a história do clube. Vemos muita instabilidade no Brasil. Aquilo que eu mais quero deixar quando partir do clube é deixar uma mentalidade instalada, e olharem sempre para o Botafogo como uma instituição de respeito pelos resultados ao longo de sua história. Os jogadores têm sido fundamentais para isso, eles transmitem em campo tudo aquilo que a equipe técnica passa e todo o prestígio do clube. Portanto, parabéns a todos que estão na construção de uma instituição de grande prestígio. Jogo de hoje é mais um que vai fazer parte da história. Nos entregamos completamente debaixo de uma estratégia que estava bem definida, e os jogadores cumpriram à risca tudo que foi determinado.

ABEL FERREIRA
- O Abel é um treinador de grande qualidade e que está no mais alto nível há bastante tempo. Já tem várias conquistas, fruto do que é o seu caminho e sua dedicação ao trabalho. É um treinador muito exigente e com conhecimento muito grande do que é a essência do jogo. Trabalha sempre os detalhes, portanto é muito difícil jogar contra ele. Claro que nós gostamos sempre que nossos amigos tenham sucesso, mas jogar contra ele é um adversário, então é um amigo entre aspas. É assim que eu encaro os meus treinadores mais chegados, porque não tenho inimigos. Ele sabe que eu gosto muito dele, mas na hora do jogo não quero que ele ganhe (risos).

Agora, o Botafogo entra em campo na última rodada da Sul-Americana. O adversário será o Megallanes, do Chile. O jogo será na próxima quinta-feira (29), às 21h, no Estádio Nilton Santos.

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