Luís Castro promove testes e prega espírito vencedor enquanto aguarda reforços no Botafogo
Treinador vai completar 10 jogos no comando do Alvinegro e começa a traçar espinha dorsal a menos de dois meses da janela
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Início desacreditado na Série B, surpresa com a melhora, vaga garantida na Série A e momento completamente diferente com a chegada de John Textor. Assim se resume o último ano intenso do Botafogo. Perto de chegar ao décimo jogo com Luís Castro, um dos representantes dessa nova fase, o Alvinegro aquece os motores para a janela de transferências, estabelece prioridades e começa a montar a espinha dorsal do time que terá para sonhar com voos altos no Brasileirão e na Copa do Brasil.
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Quando ainda não tinha fechado com o português, Textor deixou claro que pensava em um perfil "professor". Alguém que ensinasse aos jogadores e que criasse um estilo próprio para o Botafogo nessa nova fase. Com ótimo ambiente interno, o Alvinegro vem vivendo dia a dia a mentalidade diferente de pensamentos mais táticos, insistência na melhora de fundamentos e, principalmente, a briga semana após semana pelo espaço entre os titulares.
- É muito sinistro. Baita profissional, tiro o chapéu. Ajuda todo mundo, o que tem para falar já fala na hora, não fica guardando. Cobra todos os dias a gente. Fala que não podemos nos acomodar, queremos mais. Acredito muito no trabalho dele e da comissão. Ele cobra muito meu posicionamento na frente, pede para fazer infiltração, buscar a bola, me movimentar. Duas vezes na semana ele me pega para fazer treino, trabalho de passe, finalização, virada de corpo, cruzamento. Está me ajudando muito. São caras do bem que eu só tenho coisas boas a falar. Ele é inteligente demais. O que ele pede dá certo. O espírito é de vencedor - disse o atacante Erison.
Veja a tabela da Série A do Brasileirão
Nos nove jogos que fez até aqui, o treinador ainda não repetiu uma escalação. Seja por desfalques ou escolhas. Gatito, Saravia, Kanu, Cuesta, Daniel Borges já parecem consolidados na defesa. Victor Sá e Erison são os nomes do ataque. Os principais problemas são também o foco do clube na próxima janela de transferências: o ponta direita e os meio-campistas. Oyama tem sido o preferido, mas Patrick de Paula, Tchê Tchê, Chay, Lucas Fernandes, Lucas Piazon, Del Piage e Barreto também acabaram testados.
A ideia da diretoria com John Textor é contratar quatro ou cinco jogadores na janela que abre em 18 de julho. A ponta direita segue sendo um dos principais focos depois de o clube não ter sucesso nas tratativas no início da temporada. Além disso, o investidor da SAF norte-americano garantiu que haverá um nome de peso para o meio-campo. O sonho é Nicolas de La Cruz, do River Plate (ARG). O Botafogo entende que a missão é muito difícil, mas está disposto a brigar.
Outros nomes com negociações um pouco mais "tranquilas" são do centroavante Zahavi, do PSV, que já teve proposta formalizada, além de Marçal, lateral-esquerdo do Wolverhampton. Há também tentativas com Luiz Gustavo, do Fenerbahce. Fato é que Luís Castro pode conseguir encontrar a formação ideal nas próximas partidas, mas com chances de mudar tudo em menos de dois meses após a abertura da janela, ganhando a "dor de cabeça positiva".
O Botafogo do técnico Luís Castro entra em campo neste domingo contra o Coritiba, às 16h, no Estádio Couto Pereira, pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro. O Alvinegro é o quinto colocado, com 12 pontos, dois a menos que o Corinthians, líder. Palmeiras (2º), São Paulo (3º) e Atlético-MG (4º) estão com a mesma pontuação dos cariocas.
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