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Maracanã 70 anos: Quarentinha é o artilheiro do Botafogo no estádio

Máximo goleador da história do clube de General Severiano também é o jogador que mais balançou as redes no principal palco do futebol carioca

Quarentinha
imagem cameraQuarentinha pelo Botafogo (Foto: Divulgação)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 10/06/2020
17:54
Atualizado em 13/06/2020
06:00

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O atacante que fazia gols e dava as costas para a baliza, voltando para o centro do campo. Como se fosse comum, Quarentinha nem sequer esboçava um sorriso ao balançar as redes, fato que fazia com certa frequência. O maior artilheiro da história do Botafogo também é o máximo goleador do Alvinegro no Maracanã, principal palco do futebol carioca, que completa 70 anos na próxima terça-feira.

Dos 313 gols que marcou com a camisa do Botafogo, 95 foram no Maracanã. A canhota e os fortes chutes eram a marca registada do atacante. Ao ser perguntado o motivo de não comemorar os gols que marcava, Quarentinha afirmava que estava apenas fazendo o trabalho que era pago para ser feito. No século passado, Armando Nogueira fez uma crônica em homenagem ao atleta do Glorioso.

"Era um chutador temível, um atacante de respeito, que fazia tremer os goleiros, fossem quem fossem. Tinha na canhota o que, então, se chamava um canhão. Chutava muito forte, principalmente, bola parada. Era de meter medo. Nos jogos Botafogo-Santos, era ele, de um lado, o Pepe, do outro. Ai de quem ficasse na barreira. Quarentinha nasceu no Pará, filho de um atacante que lhe herdou, intactos, o chute poderoso e o apelido. Não sei se o pai era tão tímido quanto o filho. Quarentinha jamais celebrou um gol, fosse dele ou de quem fosse. Disparava um morteiro, via a rede estufar, dava as costas e tornava ao centro do campo, desanimado como se tivesse perdido o gol."

Quarentinha atuou de 1954 a 1964 no Botafogo. Em 1956, foi emprestado ao Bonsucesso para a disputa do Campeonato Carioca após desentendimentos com a diretoria do Botafogo. Foi vice-artilheiro da competição e retornou para o clube de General Severiano. O resto é história: 313 gols marcados em 442 partidas disputadas e uma marca jamais alcançada até os dias atuais.

Pelo Botafogo, foi tri-campeão carioca (1957, 1961 e 1962), bi-campeão do Torneio Rio-São Paulo (1962 e 1964) e vencedor do Torneio de Paris (1963). Além disto, foi artilheiro nas campanhas estaduais em três edições consecutivas: 1958, 1959 e 1960.

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