Novo vice-presidente do Bota explica função e necessidade de vendas
Em entrevista à Rádio Tupi, Paulo Mendes, novo VP de relações institucionais do Glorioso, também avaliou a possibilidade de voltar a ter um patrocínio privado no clube
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O Botafogo não tem tido para onde correr quando outros clubes brasileiros chegam com valores bem abaixo da multa rescisória de seus principais ativos, como Matheus Fernandes, já negociado, e Igor Rabello - este na iminência de sair. E "isso é uma constante no Botafogo que não é de hoje", lembra o Paulo Mendes, escolhido para ser vice-presidente de relações institucionais, cargo criado com a reforma do estatuto em agosto, nesta semana.
Em entrevista à Rádio Tupi, Paulo Mendes explicou aos torcedores como, na prática, deve ser dirigido o seu exercício no clube da Estrela Solitária, que teve a sua difícil situação financeira comentada pelo novo VP.
- Já vinha tendo contato com a diretoria trabalhando em coisas pontuais como uma espécie assessor da presidência. Fui convidado pelo Mufarrej para ocupar a vice-presidência de relações institucionais, que é um trabalho a ser feito junto aos órgãos governamentais e as diversas entidades que se relacionam com o clube, com a colaboração estreita da parte comercial assumida pelo Ricardo Rotenberg. Vamos desenvolver um trabalho interna e externamente mais transparente possível, sempre usando a ética em conjunto com a diretoria - disse Paulo Mendes, que projetou a próxima temporada no quesito financeiro:
- Precisa melhorar. Existe uma situação inercial que o Botafogo carrega de uma parte financeira difícil e que exige muito da administração do clube. É um ponto que não acaba pelo menos em um futuro próximo. A perspectiva dos próximos anos é difícil, mas todos precisam dar as mãos e trabalhar juntos para buscar as soluções que são possíveis. Isso passa por uma série de coisas, por exemplo, vender jogadores sem o desejo de fazer isso, para viabilizar a situação financeira. Isso é uma constante no Botafogo que não é de hoje.
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Mendes, de 69 anos, é benemérito do Botafogo e, em outubro, foi nomeado assessor especial do presidente Nelson Mufarrej, a pedido dos irmãos Moreira Salles, de acordo com a emissora de rádio. Ele, que chegou a ser vice-presidente geral na gestão de Mauricio Assumpção (2012 a 2014), também avaliou a possibilidade de voltar a ter um patrocínio privado no Glorioso.
- Essa é uma discussão muito presente em torno dos clubes, especialmente os clubes que são patrocinados pela Caixa Econômica Federal. O modelo de uma participação maior dos patrocinadores privados é desejável, se comparado por exemplo ao futebol da Inglaterra onde cada clube tem um patrocinador e quase sempre é um investidor privado. O Botafogo já teve isso em 1995 e em outras oportunidades. Isso é um ponto que está muito relacionado a atual estrutura do futebol brasileiro - finalizou.
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