OPINIÃO: Título do Botafogo em 1995 estava escrito nas estrelas
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Tão comum nos dias atuais, a expressão guerreiros para definir atletas cairia como uma luva no time do Botafogo que conquistou o Campeonato Brasileiro de 1995. A equipe não era ruim tecnicamente, mas fazia da sua entrega em campo a principal arma contra qualquer adversário. Foi assim ao longo de toda a campanha. Mesmo quando não ganhou, não deixou de lutar um único minuto. É difícil lembrar de alguma partida com atuação abaixo da média. Talvez um 3 a 1 para o Santos na fase final da etapa de classificação, quando a vaga nas semifinais era quase certa.
Foi com esse espírito guerreiro que Gonçalves ficou bravo com a torcida que não comemorou a vitória por 2 a 1 no primeiro jogo da final. Como assim duvidar de um time que não deixava de lutar? Os santistas pintaram o cabelo, mas na verdade ficaram mesmo com o cabelo em pé com a raça e determinação que o Botafogo apresentou no empate por 1 a 1 no Pacaembu, que confirmou o título.
Naquele imortal 17 de dezembro, Gonçalves e Gottardo só não foram perfeitos na marcação porque era preciso deixar Wagner brilhar. E ele não decepcionou. A cada defesa deixava os santistas mais desesperados. Jamir, Leandro Ávila, Beto e Sérgio Manoel conseguiam defender e atacar em bloco. Donizete foi o símbolo da raça, atuando machucado e mesmo assim sem deixar de brigar. E o que falar de Túlio, que além de decisivo, até carrinho no meio-de-campo deu?
Sei que os santistas vão falar do erro do Márcio Rezende de Freitas. Mas pelo que o Botafogo apresentou aquele ano, mesmo que o Santos virasse o jogo o Glorioso buscaria o resultado. Estava escrito nas estrelas, ou melhor, na Estrela Solitária, que aquele dia seria botafoguense.
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