Pendurados do Botafogo escapam dos amarelos contra o Palmeiras
Rodrigo Pimpão e Jonathan, os únicos pendurados do elenco do alvinegro, não entraram em campo no Mané Garrincha, quando o time recebeu 11 cartões amarelos
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A derrota do Botafogo para o Palmeiras, no último sábado, em Brasília foi marcada por um número pouco comum de cartões amarelos para o Alvinegro. Dos 11 atletas que entraram em campo, nove foram advertidos pelo juiz Paulo Roberto Alves Junior: João Paulo, Gilson, Gustavo Ferrareis, Leonardo Valencia, Fernando, Gabriel, Gatito Fernández, Cícero, e Diego Souza. No banco de reservas, Gustavo Bochecha e o preparador de goleiro Flávio Tênius também foram advertidos. O prejuízo do time comandado por Barroca só não foi maior porque os pendurados Rodrigo Pimpão e Jonathan não entraram em campo.
Pimpão se recupera de uma entorse no tornozelo esquerdo e nem sequer viajou com o elenco. Já o lateral-esquerdo ficou no banco e não entrou por opção técnica. O zagueiro Carli, ausente justamente por ter levado o terceiro amarelo na partida anterior contra o Goiás, volta na sétima rodada zerado de advertências.
O número elevado de cartões amarelos na partida contrasta com o baixo número de faltas faltas do cometidas pelo Alvinegro: foram apenas 13 infrações durante os noventa minutos. Do outro lado, o Palmeiras fez 19 faltas e não levou nenhum cartão amarelo
Clube prepara representação
A atuação do árbitro paranaense Paulo Roberto Alves Junior gerou revolta no clube carioca. O vice-presidente de futebol do Botafogo, Gustavo Noronha, classificou o desempenho da arbitragem como "péssimo" e prometeu entrar com uma representação na CBF, na segunda-feira.
O pênalti marcado em Deyverson, no segundo tempo, com o auxílio do VAR, também foi alvo de reclamações. Na saída de campo, o zagueiro Gabriel, envolvido no lance fez duras reclamações contra o árbitro.
- Vergonhoso. Eu nem vejo o Deyverson. Vou dar passada. Acertei mesmo o pé dele. Ele vai ver o VAR em câmera lenta e ver o que aconteceu. O VAR vai ser muito bem-vindo, mas se souber usá-lo. Não adianta parar e ver em câmera lenta. Futebol é contato. Cada jogo vai ter que marcar cinco pênaltis. Árbitro muito arrogante, a gente não pode conversar com ele. Ficou ameaçando expulsar o Gilson - disse o jogador, ao Premiere.
O treinador Eduardo Barroca engrossou o coro dos insatisfeitos, na coletiva de imprensa após a partida. Ele criticou o que considerou um "estilo ameaçador" de Paulo Roberto Alves Junior.
- Eu não sou de reclamar de arbitragem, mas entendo que a forma que ele conduziu tirou o foco dos jogadores da partida. Inclusive comigo, a primeira vez que eu fui falar com ele, ele pegou o cartão e ficou me ameaçando. Entendo que as coisas devam ser desenvolvidas de uma outra forma. Hoje foi um dia atípico, que fique de lição para a gente não perder o foco. Nosso objetivo é pontuar e levar o Botafogo para o topo da tabela – disse Barroca.
Com nove pontos, na sétima colocação antes do encerramento da rodada, o Botafogo volta a campo no domingo, no clássico com o Vasco. Antes, na quarta, enfrenta o Sol de América, no Nilton Santos, pela volta da segunda fase da Copa Sul-Americana.
Antes da parada para a Copa América, o time ainda tem pela frente o CSA, fora de casa e o Grêmio, no Nilton Santos.
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