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Philipe Sampaio relembra chegada ao Botafogo, celebra nova fase do time, fala sobre Luís Castro e manda recado para torcida

Em entrevista exclusiva ao LANCE!, zagueiro recorda os primeiros meses no clube e afirma que sonha em conquistar títulos expressivos pelo Glorioso


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Primeira contratação da SAF, Philipe Sampaio concedeu uma entrevista exclusiva ao LANCE! diretamente do Espaço Lonier. O zagueiro relembrou a chegada ao Botafogo, celebrou os recentes resultados do time, falou da concorrência na posição, elogiou Luís Castro, mandou um recado para torcida e muito mais. Assista ao vídeo da entrevista acima.

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CONFIRA OS TRECHOS DA ENTREVISTA

CHEGADA AO BOTAFOGO

- Dois dias antes de eu receber a proposta do Botafogo, o presidente (Guingamp) me comunicou que estava me vendendo para um clube da Polônia. O Lechia (Polônia) e o Ludugorets (Bulgária). Aí dois dias depois, me liga o Botafogo. A minha esposa estava assim: "ah, vamos se mudar de novo para um país frio? A gente não fala o idioma". Aí quando apareceu o Brasil, o Botafogo e John Textor. Então, quando veio o convite, eu falei: "eu vou". Foi tudo muito rápido e as negociações fluíram bem. O clube não ia me liberar por eu ser capitão, então eu tive que ter uma resistência. Eu fiz um apelo e eles respeitaram a minha decisão e a da minha família.

PRIMEIRA CONTRATAÇÃO DA SAF

- Eu trabalhei por três clubes-empresas. Aqui no Brasil as pessoas acham novidade não trocar de treinador. Então, a gente fica com aquela sensação de poder voltar para seu país, ter garantia de salário em dia e uma condição boa de trabalho. Quando entrou a SAF, as pessoas me ligaram e eu falei: "acho que é o momento". Tudo casou para eu vim. Em relação à primeira contratação (SAF), eu sempre brincava com o pessoal: "vocês precisam apresentar um atacante. A primeira contratação da SAF e vocês vão apresentar um zagueiro?" (risos).

LESÃO NOS PRIMEIROS JOGOS

- Esse foi o momento mais difícil porque eu cheguei e fiz dois jogos muitos bons. Então você cria uma expectativa da torcida e das pessoas internas do clube. Poucos sabem, mas eu tive que tomar uma decisão para jogar no Carioca. Eu tive que assinar com o Botafogo primeiro e ainda não era SAF. O Carli e o Mezenga estavam lesionados. Aí eles me perguntaram se eu queria jogar. Aí eu aceitei. Essa decisão partiu de mim. Aí fiz dois grandes jogos e depois tive uma lesão no joelho no jogo contra o Juventude. Uma lesão de grau 4. Logo após eu fui avisado que eu teria que operar. Mas aí eu, junto com os médicos, tomamos a decisão de não operar. Mas aí depois daquilo, fiquei muito tempo parado e tive uma queda de rendimento. Quando eu voltei, a equipe não estava tão encaixada como estava no início. Fizemos bons jogos coletivamente, mas não conseguíamos ganhar. Eu tive essa lesão com 15 minutos do primeiro tempo e joguei os 90 minutos. Depois disso, não conseguia pisar no chão. Aí eu decidi não operar, os médicos me ajudaram e deu tudo certo.

VIRADA DE CHAVE NO BRASILEIRÃO DE 2022

- É o trabalho. Não tem como contratar 20 jogadores de uma vez, uma comissão técnica nova, mudar a estrutura e ter um resultado de imediato. Se você vê, nós estamos colhendo o fruto agora neste começo de Brasileiro. Foi um pouco da resistência, do trabalho, da entrega de todos. Chegaram jogadores de qualidade também. Aí fizemos uma boa segunda volta de campeonato.

EXCURSÃO NA INGLATERRA

- Por ser no final do campeonato, reagimos um pouco assim no começo. Mas depois de estar lá, nós ficamos muito felizes em ver os torcedores e a estrutura que o clube está proporcionando para a gente. É uma experiência nova jogar contra um time de Premier League, da melhor liga do mundo. Foi uma experiência bacana. Nos renovou. Depois tivemos um tempo de férias. Isso também serve para unir o elenco e nos conhecermos melhor. Foi algo bem positivo para instituição.

BOA FASE DO BOTAFOGO

- Eu falei com a minha esposa: "estamos ganhando tanto jogo e não dá nem para aproveitar". No outro dia, já precisamos pensar no outro jogo. Temos vivido um dia depois do outro. O grupo é muito bom. Antes não éramos a pior equipe e agora não somos a melhor por estar em primeiro. A ideia é continuar trabalhando com os pés no chão. Sabemos que, uma hora ou outra, pode acontecer um tropeço. A gente está equilibrado para fazer um bom campeonato. Muitas vezes não é como começa e sim como termina. O nosso lema é continuar firme para terminar bem. Isso é o que vale.

CONCORRÊNCIA NA POSIÇÃO

- Me faz ser melhor em cada dia. Eu me dou muito bem com Adryelson e Cuesta. O maior respeito que eles podem ter por mim e pelo Segóvia é que eles continuem fazendo boas atuações em campo. E quando a gente entrar, é tentar fazer da mesma forma. Todo mundo quer jogar dentro de campo, mas quem ganha com isso é só o Botafogo. Eles encaixaram. Estamos preparados para dar conta do recado quando precisar.

LUÍS CASTRO

- O Luís Castro, a direção do Botafogo e os jogadores foram firmes depois de um Campeonato Carioca menos positivo. Nós tivemos muitas dificuldades. As pessoas não sabem, mas nós não tínhamos um estádio, viagem para todos os lados e campos que não facilitavam o nosso jogo. Mas estávamos cientes da nossa qualidade e do nosso trabalho. O Luís Castro sempre prezou pela família e pela união do grupo. Ele brinca na hora que tem que brincar e é sério quando precisa ser. Muitas vezes ele brinca comigo em especial por já termos jogado contra em Portugal. Mas é um treinador muito sério, que cobra muito. Tem momento para tudo.

RELAÇÃO DO ELENCO

- Somos unidos em todos os aspectos. A gente separa um tempo para falar de Jesus e se alimentar disso. A gente sai para almoçar junto e se dá bem no vestiário. É muito fácil se dar bem quando só ganha, mas nós passamos por muita dificuldade e momentos conturbados. A melhor forma de demonstrar isso é dentro de campo, quando as adversidades aparecem e a gente consegue responder isso. O grupo é isso. Bastante experiência na Europa e fora do Brasil. A gente sabe que, para passar pelas dificuldades, precisamos estar unidos.

RECADO PARA TORCIDA

- Nós estamos trabalhando no máximo. É um grupo que não gosta de perder. Estamos lutando para que o Botafogo alcance o lugar que nunca deveria ter saído. A gente também tem essa ansiedade para ser campeão e dar essa vitória para todos.

+ Assista a entrevista completa de Philipe Sampaio

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